Perdas foram 15% menores que as registradas nos três meses anteriores. Avião da companhia aérea Gol pousa no Aeroporto Internacional de São Paulo – Cumbica (GRU), em Guarulhos Celso Tavares/G1 Em mais um trimestre de perdas por conta da pandemia do novo coronavírus, a Gol Linhas Aéreas teve prejuízo líquido de R$ 1,696 bilhão entre julho e setembro, segundo dados divulgados pela companhia nesta quarta-feira (4). A perda é 15,1% menor que a registrada nos três meses anteriores, de R$ 1,997 bilhão. Já no terceiro trimestre de 2019, a empresa havia registrado lucro líquido de R$ 171,1 milhões. O resultado refere-se aos ganhos atribuído aos acionistas, antes de participação minoritária. Excluindo as perdas com variação cambial e monetária de R$ 474,2 milhões, despesas líquidas não recorrentes de R$ 373,5 milhões, e a despesa de R$ 0,1 milhão relacionada aos resultados não realizados do Exchangeable Notes e capped calls), a empresa reportou prejuízo líquido de R$ 872 milhões no terceiro trimestre, comparado ao lucro de R$ 263,5 milhões no mesmo período de 2019. Em nota, o presidente da companhia, Paulo Kakinoff, apontou que os resultados do trimestre foram "promissores", e que "refletem o retorno dos passageiros aos céus no Brasil e a nossa confiança nos diferenciais competitivos da GOL”. De acordo com o executivo, o número de clientes voando com a companhia triplicou em comparação aos três meses anteriores, "o que é uma recuperação notável considerando o ambiente desafiador de mercado". "Acreditamos que a Companhia está agora em uma posição de mercado vantajosa, à medida em que a demanda por viagens deve se acelerar continuamente em 2020 e 2021”, completou. Transporte de passageiros Segundo a Gol, o número de passageiros por quilômetro transportado (RPK) ficou em 3,2 milhões – uma queda de 72% em relação ao 3º trimestre de 2019, mas uma alta de 63% no trimestre. Em número absoluto de passageiros, foram transportados 2,6 milhões de clientes, uma queda de 73% frente ao mesmo período de 2019, mas uma alta de mais de 300% frente aos três meses imediatamente anteriores. Os voos diários triplicaram para 360, para servir 134 mercados. A Companhia reabriu 15 bases no Brasil: Viracopos e Presidente Prudente (São Paulo), Uberlândia, Montes Claros e Juiz de Fora (Minas Gerais) Santarém e Marabá (Pará), Vitória da Conquista (Bahia), Campina Grande (Paraíba), Caxias do Sul e Passo Fundo (Rio Grande do Sul), Londrina e Cascavel (Paraná), Joinville (Santa Catarina) e Sinop (Mato Grosso). Comparado à sua malha reduzida em abril, a Gol reabriu 36 bases no Brasil para servir 60 bases, representando 95% de suas bases domésticas operadas no início de 2020. A Companhia planeja a reabertura de outras seis bases até dezembro, encerrando o ano com 66 em operação. Ao final do primeiro trimestre de 2021, a empresa informou que espera servir 95% dos destinos pré-pandemia. Receitas A receita líquida foi de R$ 975 milhões, uma queda de 74% em relação ao 3º trimestre de 2019, porém uma expansão de 172% versus o 2º trimestre deste ano. A receita mensal iniciou com R$ 240 milhões em julho e terminou com R$ 465 milhões em setembro, representando um crescimento de 94%. As outras receitas (principalmente cargas e fidelidade) totalizaram R$ 95,9 milhões, equivalente a 9,8% do total de receitas. Assista as últimas notícias de economia Comparado à sua malha reduzida em abril, a Gol reabriu 36 bases no Brasil para servir 60 bases, representando 95% de suas bases domésticas operadas no início de 2020. A Companhia planeja a reabertura de outras seis bases atéd, encerrando o ano com 66 em operação. Ao final do 1T21, a GOL espera servir 95% dos destinos pré-pandemia.