Maior alta trimestral já registrada ocorre após queda recorde de 9,7% no auge da pandemia. Mesas e cadeiras vazias na na Praça da Ópera, em Frankfurt, na Alemanha, em 28 de outubro Michael Probst/AP A economia da Alemanha cresceu 8,2% no terceiro trimestre, a maior alta já registrada pelo país e acima das expectativas do mercado, em meio à recuperação da recessão causadas pela pandemia do novo coronavírus. A alta do PIB entre julho e setembro foi a maior já registrada desde 1970, quando a estatística começou a ser feita. Mas não recupera totalmente a perda de 9,7% registrada no segundo trimestre, no auge da pandemia e o maior tombo da história. O resultado trimestral da maior economia da Europa ficou acima da previsão de 7,3% dos economistas consultados pela agência de notícias Reuters, mas é divulgado em meio a novas medidas de restrição devido ao aumento no número de casos de Covid. O novo lockdown parcial, anunciado para conter a segunda onda do vírus em diversos países europeu, gerou nos mercados receio de que as economias demorem mais a se recuperar. O ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, afirmou nesta sexta-feira (30) que uma recuperação total da pandemia deve ocorrer no máximo em 2022 e comemorou ter conseguido "salvar muitos empregos". A recuperação maior do que era esperado foi impulsionada pelo maior consumo privado, por investimentos em equipamentos e exportações muito fortes, segundo o escritório de estatísticas do país. O governo alemão também revisou para cima sua estimativa para o PIB de 2020. Agora, espera que a economia do país encolha 5,5%, contra uma estimativa anterior de queda de 5,8%. As previsões para 2021 e 2022 (altas de 4,4% e 2,5%) continuam inalteradas. Está reportagem está em atualização.