Resultado é o pior para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1997. Déficit está relacionado ao aumento de despesas durante a pandemia do novo coronavírus. O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (29) que as contas do governo registraram déficit primário de R$ 76,155 bilhões em setembro.
Segundo o Tesouro, foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1997, isto é, em 24 anos.
O déficit primário ocorre quando as despesas superam as receitas. Não são considerados os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
O rombo recorde nas contas está relacionado ao aumento de despesas para combater a pandemia do novo coronavírus. As medidas de restrição influenciaram a atividade econômica e levaram a diversas medidas de adiamento da cobrança de impostos.
Depois de ter apresentado aumento real em agosto, a receita total do governo voltou a cair em setembro e registrou queda real de 2% se comparada a setembro de 2019.
Segundo o Tesouro, o resulto foi influenciado "majoritariamente" pela "queda das receitas não administradas".
As receitas não administradas incluem, por exemplo, os royalties de petróleo. Já as receitas administradas, que incluem impostos e contribuições, apresentaram alta real de 3,4% em setembro.
Parcial do ano
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, informou o Tesouro Nacional, as contas do governo apresentaram déficit primário de R$ 677,437 bilhões.
Esse também foi o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997, para esse período. De janeiro a setembro do ano passado, o rombo fiscal somou R$ 72,537 bilhões.