No mesmo período do ano passado, a companhia reportou lucro de R$ 5,8 bilhões. Placa com logomarca do banco Bradesco na avenida Berrini, zona sul de São Paulo Marcelo Brandt/G1 O banco Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 4,194 bilhões no terceiro trimestre de 2020, uma queda de 28,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 5,8 bilhões), segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (28). No segundo trimestre, o liquido contábil do banco foi de R$ 3,506 bilhões. Já o lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) somou R$ 5,031 bilhões de julho a setembro, queda de 23,1% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 6,542 bilhões). Em relação ao segundo trimestre, houve crescimento de 29,9% (R$ 3,873 bilhões). O resultado do terceiro trimestre ficou cerca de 15% acima da média de estimativas de analistas, segundo dados da Refinitiv. No terceiro trimestre, o retorno sobre o patrimônio líquido, um indicador da lucratividade dos bancos, foi de 15,2%. O desempenho é melhor do que o apurado nos três meses anteriores (11,9%), mas ficou abaixo do período de julho a setembro de 2019 (15,2%). Despesas com provisões Entre julho e setembro, as despesas com provisões realizadas pelo banco para perdas com inadimplência em operações de crédito somaram R$ 5,588 bilhões, alta de 67,5% na comparação com terceiro trimestre de 2019 (R$ 3,336 bilhões), mas apresentaram redução de 37,1% ante os três meses anteriores (R$ 8,89 bilhões). O banco reservou R$ 2,6 bilhões em provisões extraordinárias ligadas a perdas potenciais decorrentes da crise do coronavírus. No acumulado do ano, a despesa com provisões já soma R$ 21,186 bilhões, acima dos R$ 10,427 bilhões observados no mesmo período do ano passado. "No terceiro trimestre, nossos estudos internos (…) indicam, neste momento, a necessidade de reforçar nossas provisões relacionadas ao cenário econômico adverso em um patamar inferior aos trimestres anteriores, preparando o banco para um cenário de aumento de inadimplência em 2021", informou o banco. Carteira de crédito A carteira de crédito do banco somou R$ 664 bilhões, um crescimento de 11,7% em 12 meses e de 0,5% no trimestre. A expansão do crédito foi puxada pela pessoa física, com avanço de 3,1% no trimestre, para R$ 243,4 bilhões. Já o crédito para a pessoa jurídica somou R$ 421 bilhões, uma queda de 1% no período. Inadimplência A taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 2,3% no trimestre, uma redução de 0,7 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre e de 1,3 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Vídeos: Veja as últimas notícias de economia