Crescimento no número de casos de coronavírus no mundo também preocupa os investidores. Os preços do petróleo avançaram nesta terça-feira (27), com a aproximação de uma tempestade forçando empresas a interromper parte da produção na área do Golfo do México controlada pelos Estados Unidos, embora a crescente contagem de casos de coronavírus no mundo e o aumento da oferta da commodity na Líbia tenham limitado os ganhos.
Companias como BP, Chevron, Shell e Equinor evacuaram plataformas ou fecharam instalações nos EUA. Até agora, os produtores interromperam 16% do bombeamento de petróleo, o equivalente a 294 mil barris por dia (bpd), por causa do Zeta – que era classificado como furacão na véspera, mas enfraqueceu para tempestade tropical nesta terça-feira, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).
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O petróleo Brent fechou em alta de 0,75 dólar, ou 1,9%, a US$ 41,21 por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou US$ 1,01, ou 2,6%, para US$ 39,57 o barril. Ambos os contratos haviam recuado mais de 3% na segunda-feira (27).
No entanto, a alta nos preços induzida pela tempestade deve ter vida curta, uma vez que o aumento no número de casos de coronavírus tende a fazer com que a demanda volte a enfraquecer.
"Há muitos pontos fracos… Não existe vacina, não há estímulos, temos a possibilidade muito real de uma eleição contestada (nos EUA) nos próximos dias, e há um mercado de ações que não responderá positivamente a isso", disse Bob Yawger, diretor de Futuros de Energia do Mizuho.
Enquanto isso, a produção da Líbia deve avançar para 1 milhão de bpd nas próximas semanas, dificultando os esforços de outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados para restringir a oferta da commodity.
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