Segundo companhia, distribuição de remuneração aos acionistas será compatível com a geração de caixa e deverá ser limitada à redução de dívida líquida. Prédio da Petrobras no Rio de Janeiro Sergio Moraes/Reuters A Petrobras informou que seu conselho de administração aprovou uma revisão da política de remuneração aos acionistas com o objetivo de permitir que a administração da estatal proponha pagamento de dividendos mesmo em exercícios em que não for apurado lucro contábil. As mudanças envolvem a possibilidade de a Petrobras propor, "em casos excepcionais", a distribuição de dividendos extraordinários mesmo sem lucro contábil, desde que atendida uma meta de endividamento, disse a companhia em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (28). A distribuição de recursos extraordinários aos acionistas, superando o dividendo mínimo legal obrigatório ou o calculado a partir de uma fórmula, poderá ocorrer quando o endividamento bruto da petroleira estiver inferior a US$ 60 bilhões, mesmo em caso de não haver lucro, explicou a companhia. Em cenário de endividamento bruto acima de US$ 60 bilhões, a Petrobras também poderá apresentar proposta de distribuição de recursos aos acionistas mesmo sem lucro contábil, desde que se verifique redução de dívida líquida no período de 12 meses anteriores. O pagamento deverá ser autorizado "caso a administração entenda que será preservada a sustentabilidade financeira da companhia", explicou a Petrobras no comunicado. Nesses casos, "a proposta de distribuição deverá ser limitada à redução de dívida líquida", acrescentou a companhia. Petrobras posterga dividendos em meio a pandemia e choque de preços do petróleo Vídeos: veja últimas notícias de economia