Na avaliação do ministro Martín Guzmán, economia do país dá 'sinais de recuperação'. No início do mês, banco central local informou que passaria a permitir uma flutuação controlada do peso. O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, prometeu nesta sexta-feira (23) manter um ritmo lento de desvalorização da moeda local, apesar do aumento da pressão sobre o peso e da redução das reservas estrangeiras. A Argentina teve um "sério problema" com seu déficit fiscal por causa da pandemia de coronavírus, mas a economia real está dando "sinais de recuperação" e a desvalorização do peso não refletiu a verdadeira condição da macroeconomia do país, disse Guzmán em entrevista à Radio con Vos. O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman, em imagem de arquivo Remo Casilli/Reuters Crise e coronavírus: uma combinação às vezes 'impossível' para as empresas na Argentina Ele reconheceu que as expectativas de desvalorização da moeda prejudicam a economia, mas disse que a estabilização do câmbio não pode ser alcançada "de um dia para o outro". O banco central da Argentina informou no início deste mês que permitiria uma flutuação controlada do peso e abandonaria sua atual estratégia de "desvalorização diária uniforme" conforme busca adaptar sua política monetária em meio a turbulências econômicas cada vez mais intensas. Restrições cambiais adotadas na Argentina pra frear a escassez do dólar faz moeda disparar A diferença entre a taxa de câmbio oficial e a cotada nos mercados informais da Argentina chegou a 143% na quinta-feira, devido à desconfiança dos investidores e à forte demanda por dólares no mercado paralelo. Veja as últimas notícias de economia