'Cada dia eu começava a gravar com o instrumento em que compus a canção, e gradualmente ia acrescentando camadas, foi muito divertido', contou ele. Paul McCartney durante show no Hollywood Casino, em julho de 2017 Kamil Krzaczynski / AFP Paul McCartney lançará em dezembro "McCartney III", com canções compostas, tocadas e produzidas pelo beatle, 50 anos após seu primeiro disco solo. Gravado neste ano em Sussex, no sul da Inglaterra, "McCartney III" tem Paul cantando e tocando guitarra ou piano ao vivo e complementando-as com baixo e bateria. O futuro lançamento se junta a dois outros álbuns, McCartney e McCartney II, criados unicamente pelo músico de 78 anos em momentos críticos de sua vida, nos anos 1970 e 1980, em que buscava um renascimento criativo. "Estava vivendo a vida de quarentena na fazenda com minha família e ia ao estúdio todo dia. Tinha que trabalhar um pouco em uma trilha sonora, e isso se transformou na faixa de abertura, e quando estava pronta pensei 'o que vou fazer em seguida?'", contou Paul. Foi quando ele se voltou a fragmentos parcialmente finalizados que criou ao longo dos anos. "Cada dia eu começava a gravar com o instrumento em que compus a canção, e gradualmente ia acrescentando camadas, foi muito divertido. A questão era fazer música para mim mesmo, ao invés de música que tem que cumprir uma função. Então, fiz coisas que deu vontade de fazer. Não fazia ideia de que acabaria sendo um disco." "McCartney III" é descrito como um disco que oferece uma gama vasta e íntima de sensações e climas, do reflexivo ao melancólico, do brincalhão ao estridente e tudo que existe entre um e outro.