Nova possibilidade permite que se invista em companhias de capital aberto fora do país – como Apple, Amazon, Google e outras – sem a necessidade de abrir conta em corretoras no exterior. A B3, bolsa de valores de São Paulo, abre nesta quinta-feira (22) a possibilidade de que investidores comuns negociem BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Tratam-se de títulos lastreados em ETFs e ações de empresas estrangeiras negociadas dentro do Brasil.
Essa nova possibilidade permite que se invista em companhias de capital aberto fora do país – como Apple, Amazon, Google e outras – sem a necessidade de abrir conta em corretoras no exterior. Antes da mudança, apenas investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em investimentos) tinham acesso a esse produto financeiro. Saiba mais sobre BDRs no podcast Educação Financeira.
PODCAST: BDRs e outras oportunidades de investimento no exterior
A B3 determinou que só serão acessíveis os BDRs não patrocinados e de "mercados reconhecidos". Inicialmente, foram assim classificados a Nyse (New York Stock Exchange) e da Nasdaq Stock Market (“Nasdaq”). Segundo a B3, serão avaliados posteriormente a inclusão de outras bolsas estrangeiras.
O acesso aos BDRs era um pedido antigo de entidades do mercado, em especial depois que empresas brasileiras muito esperadas na bolsa decidiram abrir capital fora do país, como a XP Inc, PagSeguro e Stone. A Comissão de Valores Mobiliários havia aprovado a abertura de negociação de BDRs em agosto, mas a B3 pediu mais tempo para criar um regulamento próprio.
Ibovespa volta a ultrapassar 100 mil pontos, com declarações feitas por Guedes e Maia
O intervalo também serviu para que corretoras adaptassem os seus canais para que os serviços de home brokers pudessem oferecer a alternativa ao público de varejo.
Nesta terça-feira (20), a CVM deu aval à alteração do Regulamento para Listagem e do Manual do Emissor da B3, permitindo que se abram as negociações.
Em nota, a B3 afirma que a expectativa é "fomentar o mercado nacional, aumentando a diversidade de produtos disponíveis ao investidor local, incluindo o varejo, que demanda uma crescente diversificação de portfólio e exposição a ativos estrangeiros, e também incrementar as oportunidades de captação de recursos pelos emissores”.
VÍDEOS: Últimas notícias de Economia