Plataforma anunciou atualização em sua política de moderação para barrar vídeos que 'justifiquem violência no mundo real'. YouTube atualizou suas políticas de moderação relacionadas com conteúdos conspiratórios. Dado Ruvic/Reuters O YouTube anunciou nesta quinta-feira (15) uma atualização em suas políticas de moderação para proibir conteúdos relacionados a teorias da conspiração que "justifiquem violência no mundo real". Para exemplificar as novas regras, a plataforma citou o grupo americano QAnon. Saiba mais: O que é QAnon, o movimento conspiracionista a favor de Trump que é visto pelo FBI como ameaça "A partir de hoje estamos expandindo nossas políticas sobre ódio e assédio para proibir conteúdos que são direcionados para um indivíduo ou grupo com teorias conspiratórias que foram utilizadas para justificar violência no mundo real", afirmou a empresa em um comunicado. O YouTube revelou que antes mesmo das novas regras tinha derrubado dezenas de milhares de conteúdos e centenas de canais relacionados com o QAnon, "particularmente aqueles que ameaçam explicitamente a violência ou negam a existência de grandes eventos violentos". Outras plataformas como o Facebook e o Twitter também removeram perfis e conteúdos ligados ao movimento conspiracionista recentemente. As regras impostas pelo Facebook foram mais duras, com a remoção de todos os perfis ligados ao movimento, mesmo que não possuam conteúdos violentos. Já o Twitter deixou de recomendar qualquer conteúdo ligado ao QAnon, bloqueando links associados a essa teoria na plataforma. O YouTube afirmou a decisão de hoje está relacionada com outras iniciativas dos últimos anos, incluindo a redução de circulação de vídeos que contenham desinformação. O que é QAnon QAnon é um movimento conspiracionista norte-americano de extrema direita que apoia sem restrições o presidente Donald Trump, candidato à reeleição nos Estados Unidos e, segundo eles, herói de uma batalha contra grupos satânicos. O grupo, no entanto, é considerado pelo FBI como uma ameaça potencial de terrorismo interno. Por trás dessa teoria da conspiração, esconde-se um usuário anônimo. Seu pseudônimo é a letra Q, e ele afirma ser um oficial norte-americano. Desde outubro de 2017, Q publica mensagens criptografadas em fóruns anônimos que revelariam informações confidenciais sobre esta guerra secreta liderada por Donald Trump. QAnon: como e por que grupos ligados a teoria da conspiração estão se multiplicando na América Latina Veja os vídeos mais assistidos do G1