Banco espera concluir a venda de cerca de R$ 2 bilhões em títulos de crédito da mineradora até o início do próximo ano. Logotipo da Vale em sede da empresa no Rio de Janeiro Ricardo Moraes/Reuters O BNDES espera concluir a venda de cerca de R$ 2 bilhões em debêntures da Vale até o início do próximo ano, disse um executivo do banco de fomento nesta quarta-feira (7). Em setembro, o BNDES informou que contratou bancos para coordenar a oferta, como parte de sua estratégia para se desfazer dos títulos por seu braço de investimentos, BNDESPar, e focar principalmente em pequenas empresas e infraestrutura. O governo federal também vai se juntar ao BNDESPar na venda das chamadas "debêntures participativas" da Vale, em uma oferta que pode chegar a R$ 6 bilhões, disse em entrevista o diretor-gerente de privatizações, Leonardo Cabral. O banco vendeu R$ 42 bilhões em ações da empresa até agora em 2020. O BNDES levantou R$ 6,91 bilhões na semana passada com a venda de sua participação na Suzano. O banco teve lucro de cerca de R$ 2 bilhões com a venda das ações, que detinha há décadas. No início do ano, o BNDES também vendeu ações da Vale e da Petrobras. Cabral disse que o banco está monitorando o apetite do mercado em vender fatias adicionais na Petrobras e na Vale, mas acrescentou que há prazo claro para isso. A meta do BNDES é vender R$ 90 bilhões de sua carteira de títulos até o fim de 2022 e já vendeu metade disso até agora. Algumas empresas do portfólio podem demorar mais para serem vendidas, acrescentou. O banco está pedindo a outros investidores do JSB que apóiem uma ação coletiva contra executivos da empresa e acionistas controladores em busca de indenização por danos causados por esquema de suborno. Os acionistas decidirão se apoiarão o BNDES em assembleia de acionistas marcada para 30 de outubro. O BNDES não venderá sua participação na empresa antes de colher os ganhos potenciais da ação, disse Cabral. Vídeos: veja mais notícias de economia