De acordo com o site InfoJobs, crescimento entre maio – mês com menor número de vagas registradas – e agosto foi de 118,7%. No acumulado do ano até agosto, no entanto, número de vagas teve queda de 36% na comparação com o mesmo período de 2019. Mercado de trabalho apresenta melhora no anúncio de vagas, segundo site de empregos. Reprodução / TV Globo Apesar de a pandemia não ter cessado, a retomada gradual das atividades já surte efeito na abertura de vagas de emprego. O InfoJobs, um dos principais sites de emprego do país, registrou queda de 35,9% no total de vagas anunciadas entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o meso período de 2019 – mas, a partir de junho, o site destaca a retomada na abertura de oportunidades. Em junho, o crescimento foi de 36% em relação a maio, saindo de 13.484 vagas para 18.292. Em julho, a plataforma de emprego registrou o anúncio de 24 mil oportunidades (aumento de 32%), e em agosto foram 29.497 vagas (avanço de 23%). O crescimento entre maio – mês com menor número de vagas registradas – e agosto foi de 118,7%. No ano, o total de vagas até agosto está em 197 mil, quase 36% menor que o registrado no mesmo período de 2019, de 307,4 mil. Isso mostra uma queda significativa em relação ao ano anterior. Para se ter uma ideia, em abril e maio houve queda de 64% e 66,9% nas vagas, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já em junho e julho, a queda girou em torno de 40%, e passou a 28,4% em agosto. De acordo com o levantamento, em janeiro foram publicadas 40.521 novas vagas no site, um aumento de 0,7% comparado com o ano anterior. Já em março, mês em que a pandemia começou, o número de vagas caiu para 28.865. Apesar de estável em relação a fevereiro, houve queda de 17,1% em relação a 2019. Veja na tabela abaixo: Levantamento do InfoJobs mostra número de vagas registradas no site Economia/G1 Segundo o Infojobs, a quantidade de vagas divulgadas em março ainda reflete a busca por profissionais na área da saúde e a campanha de anúncios gratuitos de vagas no setor liberada pelo site de empregos. O InfoJobs tem uma média de 400 mil novos candidatos por mês, 20 milhões de visitas mensais, mais de 37 milhões de candidatos e mais de 18 mil empresas cadastrados. Melhor agosto em 10 anos Brasil cria 249 mil vagas formais, mas desemprego bate recorde De acordo com os últimos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 249.388 empregos com carteira assinada em agosto. Segundo o governo, o resultado foi "puxado pelo aumento das contratações que seguem em tendência de crescimento desde maio". Foi o segundo mês consecutivo de geração de empregos formais e, também, o melhor resultado para meses de agosto desde 2010. No acumulado do ano, no entanto, o país registra o fechamento de 849.387 vagas de emprego formais. As demissões refletem o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, que empurrou a economia mundial para uma forte recessão. Taxa de desemprego bate recorde Já a taxa de desemprego no Brasil subiu para o recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,13 milhões de pessoas, com um fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa de desemprego da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. A população ocupada encolheu 8,1% em 3 meses, recuando para 82 milhões, o menor contingente da série. O número representa uma redução de 7,2 milhões pessoas em relação ao último trimestre pré-pandemia (o encerrado em fevereiro) e de 11,6 milhões na comparação anual. Na comparação com janeiro, quando o país atingiu o recorde de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, houve uma perda de 12,1 milhões de postos de trabalho. Assista a mais notícias de Economia: