Atividade empresarial francesa caiu pela primeira vez desde junho e, na Espanha, o setor de serviços afundou ainda mais em meio a restrições a viagens. A recuperação econômica da zona do euro vacilou em setembro, com evidências crescentes de que o desempenho entre diferentes setores e países do bloco está divergindo à medida que a nova onda do coronavírus faz com que vários locais coloquem novas restrições às atividades.
Pesquisas com gerentes de compras divulgadas nesta segunda-feira (5) mostraram que a atividade de serviços, que responde por cerca de dois terços do PIB do bloco, sofreu uma reviravolta depois que pesquisas anteriores sugeriram que as indústrias estavam passando por uma retomada.
Também houve uma divisão entre os países membros da união monetária. Embora a indústria de serviços da Alemanha quase não tenha crescido em setembro, a forte manufatura ajudou o setor privado na maior economia da Europa a se manter no caminho de uma recuperação sólida.
Mas a atividade empresarial francesa caiu pela primeira vez desde junho e, na Espanha, o setor de serviços afundou ainda mais em meio a restrições a viagens que devastaram a temporada de turismo nos últimos meses. O setor de serviços da Itália recuou pelo segundo mês consecutivo, sem sinais de recuperação no horizonte.
"A recuperação da indústria estava atrasada, mas parece que agora está se recuperando, enquanto os serviços realmente estão concentrando o impacto de restrições mais rígidas", disse Jessica Hinds, da Capital Economics.
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O Índice de Gerentes de Compras composto final da IHS Markit, combinando pesquisas de serviços e manufatura e visto como um bom barômetro da saúde econômica geral, caiu para uma leitura de 50,4 em setembro, após registrar 51,9 em agosto, perto da marca de 50 que separa crescimento de contração.
O Índice PMI final de serviços da zona do euro caiu para 48,0 em setembro, ante leitura de 50,5 em agosto.
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