Além de contar com o sistema de segurança do próprio Banco Central, em setembro o a entidade reforçou regras sobre fraudes em transações pela nova tecnologia. Pix vai mudar forma de comprar, pagar contas e transferir dinheiro Reprodução/TV Globo O PIX, novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central, será ativado ao público a partir de 16 de novembro. Com o sistema, pessoas físicas poderão realizar movimentações financeiras e pagamentos em até dez segundos todos os dias da semana gratuitamente. O cadastro de chaves PIX , apelidos que identificam a origem da transferência, poderão ser feitos a partir de 5 de outubro com uma das 932 instituições financeiras que estão em processo de adesão à tecnologia. PIX, novo sistema de pagamentos desenvolvido pelo BC, vai permitir transações instantâneas; entenda Golpistas usam cadastro no PIX para roubar dados de consumidores PIX será 'tão seguro quanto' outros sistemas de pagamento, diz diretor do BC Como a tecnologia é instantânea, o Banco Central afirma que o PIX requer segurança redobrada para não ser suscetível a fraudes. Além de contar com o sistema de segurança da própria entidade, em setembro o Banco Central revisou uma regra sobre restituição de valores transferidos por suspeita de fraude. Se houver algum comprovação de crime, será possível fazer reembolso sem autorização da pessoa que recebeu o depósito. Banco Central divulga detalhes de novo sistema imediato de pagamentos Além disso, Carlos Eduardo Brandt, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, afirma que se for identificado um indício de fraude, o banco terá um tempo adicional de 30 minutos durante o dia e 60 minutos à noite para fazer uma verificação complementar e confirmar se a transação é verdadeira. “Esse é o tempo que a instituição vai ter para avaliar melhor a transação, eventualmente entrar em contato com você para confirmar se foi você mesmo quem fez, ou fazer algum tipo de autenticação para se certificar de que essa transação não será de fato uma fraude. Se a instituição continuar com uma alta suspeita de fraude, ela vai negar essa transação”, disse o diretor do BC. Brandt esclareceu também que o cliente será comunicado pelo banco quando a operação estiver sob análise. Se ele estiver no caixa de um supermercado, por exemplo, e tiver urgência, poderá cancelar a transação pelo PIX e fazer o pagamento por outro meio, como cartão de crédito, DOC, TED ou dinheiro. Barreiras de segurança De acordo com Brandt, a primeira barreira de segurança nas operações com o PIX será de responsabilidade do Banco Central: assim que o cliente confirmar a "chave" do destinatário, receberá as informações sobre ele, seja pessoa ou empresa. Se os dados não baterem, poderá então cancelar a transação. Se o cliente der continuidade, será a vez de o banco analisar os dados. Caso identifique algum problema ou suspeita, a instituição poderá: reter o pagamento ou transferência por até 30 minutos (durante o dia); reter o pagamento ou transferência por até uma hora (durante a noite).