Índice Nacional de Expectativa do Consumidor ficou abaixo da média histórica. De acordo com a entidade, isso é reflexo dos efeitos da pandemia sobre a economia, em especial sobre o emprego e a renda. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), aferido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi de 42,8 pontos em setembro, 3,3 pontos abaixo da média histórica (46,1). Em dezembro de 2019, o índice foi de 47,3%.
As informações foram divulgadas pela CNI nesta quinta-feira (1º). A entidade ouviu 2.000 pessoas, em 127 municípios, entre 17 e 20 de setembro.
Pela metodologia do levantamento, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do consumidor. "Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança", explicou a entidade.
"A piora da confiança do consumidor é explicada pela piora das expectativas: os consumidores estão pessimistas com relação à evolução dos preços, do desemprego e de sua renda. Além disso, percebem piora em suas condições financeiras", informou.
De acordo com a entidade, a queda do INEC em setembro, na comparação com dezembro, é comum a todos os perfis de consumidor considerados na pesquisa.
"Destacam-se as quedas do INEC entre consumidores com renda familiar maior do que 5 salários mínimos (-7,4 pontos), os que possuem ensino superior (-6,8 pontos), aqueles com idade de 25 a 34 anos (-5,5 pontos) e os que moram em capitais (-5,3 pontos)", informou.
Acrescentou que os menores índices são registrados entre a população de renda familiar até 1 salário mínimo (INEC de 40,4 pontos), entre os consumidores que residem nas capitais (41,1 pontos), os com ensino superior (41,4 pontos) e os que residem na região Sudeste (41,6 pontos).