Na terça, moeda norte-americana avançou 0,06% e fechou cotada a R$ 5,6389. Após passar a manhã em alta, o dólar mudou de direção e passou a cair nesta quarta-feira (30), em meio ao dia negativo no exterior em meio com o aumento dos casos de coronavírus e um debate caótico que destacou os desafios da eleição presidencial dos Estados Unidos minando o apetite por risco ao final de um mês tumultuado para os mercados financeiros. Às 15h29, a moeda norte-americana caía 0,47%, a R$ 5,6122. Veja mais cotações. Na terça-feira, o dólar subiu 0,06%, a R$ 5,6389. Com o resultado, passou a acumular alta de 2,88% no mês e de 40,63% no ano. O Banco Central inicia nesta quarta-feira a rolagem de 130.890 contratos de swap cambial com vencimento em 3 de novembro de 2020, num total de US$ 6,5 bilhões, segundo a Reuters. l Cena externa Segundo especialistas, a instabilidade nas negociações acompanhava a formação da Ptax no último dia de setembro, que envolve a briga entre comprados e vendidos, enquanto várias operações são liquidadas nesta quarta-feira. No âmbito macroeconômico, o terceiro trimestre chegava ao fim em meio a cautela nos mercados internacionais depois que o primeiro debate e confronto confuso entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden. Enquanto isso, o Reino Unido relatou 7.143 novos casos de coronavírus na terça-feira, maior registro até agora, e a Alemanha parecia determinada a apertar as restrições contra a Covid-19 em um esforço para deter a disseminação do vírus durante o outono e inverno no Hemisfério Norte. Incertezas domésticas Por aqui, depois da reação negativa do mercado financeiro às propostas do governo para financiar um novo programa de transferência de renda, o presidente Bolsonaro reclamou que precisa de sugestões, não de críticas, e alertou que com o agravamento da crise econômica, "todo mundo vai mal", inclusive o mercado. As preocupações fiscais têm dominado o radar dos investidores domésticos nas últimas semanas em meio à possibilidade de furo do teto de gastos devido ao impacto econômico da pandemia de Covid-19, que se opõe a um orçamento apertado para 2021. Depois de um mês conturbado no âmbito político e fiscal, o dólar caminhava para fechar setembro em alta de cerca de 3% contra o real, resultado que marcaria seu segundo ganho mensal consecutivo. No ano, a moeda norte-americana acumula salto de mais de 40% contra o real, deixando a divisa brasileira na posição de pior desempenho dentro de uma cesta com mais de 30 pares do dólar, segundo a reuters, refletindo também um ambiente de juros extremamente baixos. Variação do dólar em 2020 G1 Assista: últimas notícias de economia