Para economista, incertezas sobre prorrogação do auxílio emergencial e sobre reformas administrativa e tributária deixaram empreendedor à espera. A demanda das empresas por crédito caiu 6% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o indicador da Serasa Experian. Foi o segundo mês consecutivo de queda. Na análise por porte, as micro e pequenas empresas registraram o maior recuo (6,1%), seguidas das médias (4,7%) e grandes (1,5%). Para o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, as incertezas sobre a prorrogação do auxílio emergencial e sobre as reformas administrativa e tributária colocaram os empreendedores em compasso de espera. “Além das dúvidas sobre a prorrogação ou não do auxílio emergencial, o governo também não deu uma sinalização clara sobre as reformas. Essas incertezas deram uma esfriada no ânimo dos empresários, que preferiram aguardar o desenrolar desses temas”, avalia. Demanda das empresas por crédito Economia G1 Por região, o indicador mostra que apenas o Norte apresentou alta, de 0,3%. A maior queda foi verificada no Sudeste (8,1%), seguido de Sul (4,5%) e Nordeste e Centro-Oeste, com recuo de 4,3% cada. Quando considerado o setor, a indústria foi o segmento que apresentou maior recuo, de 7,8%. Comércio teve a menor retração, de 5,6%. “No caso das micro e pequenas empresas o auxílio emergencial foi essencial para a sobrevivência delas e, na dúvida sobre a continuidade, os empreendedores decidiram postergar a busca por crédito. Acredito que esse também foi o sentimento dos médios e grandes empresários”, pondera Rabi. Assista as últimas notícias de economia