Próximas estimativas, a serem divulgadas em 13 de outubro, serão revisadas em alta, disse porta-voz. Fachada da sede do FMI em Washington Reuters As perspectivas para a economia mundial são menos catastróficas do que as projetadas em junho, disse nesta quinta-feira (24) o porta-voz do FMI, sugerindo que as próximas estimativas, a serem divulgadas em 13 de outubro, serão revisadas em alta. "Os dados recebidos recentemente sugerem que as perspectivas podem ser um pouco menos terríveis do que no momento da atualização de 24 de junho (do relatório de Perspectivas Econômicas Mundiais), com partes da economia global começando a mudar de curso", afirmou Gerry Rice, em coletiva de imprensa. No entanto, ele disse que "as perspectivas continuam muito difíceis", pois os mercados emergentes, exceto a China, enfrentam uma situação "precária" devido à pandemia do coronavírus. Crise 'longe de terminar' No último dia 9, o FMI advertiu que a crise do coronavírus está "longe de terminar" e ressaltou a necessidade de cooperação multilateral para garantir suprimentos adequados assim que a vacina for desenvolvida. Em um ensaio publicado na revista Foreign Policy, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e a economista-chefe do órgão, Gita Gopinath, disseram que a recuperação econômica em curso diante da crise foi o resultado da rápida implementação e da escala sem precedentes de apoio de governos e bancos centrais, ponderando, contudo, que mais esforços serão necessários. "A recuperação continua muito frágil e desigual entre regiões e setores. Para garantir que a retomada continue, é essencial que o suporte não seja retirado prematuramente", escreveram as duas economistas no artigo. O FMI estima que o custo total da crise chegará a US$ 12 trilhões até o final de 2021, com países de baixa renda provavelmente precisando de apoio contínuo. O FMI disponibilizou financiamento de emergência para 75 países, incluindo 47 nações de baixa renda, e disse que está pronto para fornecer mais apoio a um conjunto mais amplo de países de renda média. Além de apoiar trabalhadores e empresas e investir para conter o aquecimento global e reverter o aumento da desigualdade, os líderes do FMI disseram que os governos devem cooperar internacionalmente para que coloquem fim à crise de saúde. Assista a mais notícias de Economia: