Grupo estava ativo desde 2018 e neste ano passou a publicar conteúdos a favor e contra o presidente americano, Donald Trump, e seu rival, Joe Biden. Foram removidas 155 e 11 páginas do Facebook que violaram as políticas da empresa. Dado Ruvic/Reuters O Facebook anunciou nesta terça-feira (22) que eliminou contas, grupos e páginas falsas da China que publicavam conteúdo relacionado às eleições presidenciais americanas de novembro. "Eliminamos 155 contas, 11 páginas, nove grupos e seis contas do Instagram, por violarem nossas regras contra a interferência de pessoas ou governos estrangeiros", informou Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança do Facebook. O Facebook não conectou a campanha ao governo chinês e indicou que sua investigação encontrou vínculos com pessoas na província chinesa de Fujian. A atividade fora da China concentrou-se principalmente nas Filipinas e no Sudeste Asiático em geral, e um pouco nos Estados Unidos, segundo Gleicher. Cerca de 133 mil contas seguiam uma ou mais dessas páginas que foram removidas e cerca de 61 mil pessoas estavam nos grupos. Porém, menos de 3 mil contas baseadas nos EUA seguiam os conteúdos. A presença no Instagram era menor, com 150 pessoas seguindo uma ou mais contas na rede social de fotos. Foram gastos cerca de US$ 60 (R$ 330) em anúncios nas plataformas, pagos na moeda chinesa. As publicações referiam-se principalmente à atividade naval no Mar da China Meridional, incluindo as embarcações da Marinha americana, informou o Facebook. Os donos das contas teriam usado técnicas para driblar o firewall da China, que proíbe o uso da rede social americana. Segundo Gleicher, as pessoas que controlavam as páginas fingiram ser cidadãos locais nos locais que visavam, e tentaram ocultar sua localização usando um software de rede privada virtual. A rede publicou no Sudeste Asiático sobre o interesse de Pequim no Mar da China Meridional, a situação em Hong Kong, e em apoio ao presidente filipino, Rodrigo Duterte, informou o Facebook. A rede estava ativa desde 2018, mas somente nos últimos meses passou a publicar conteúdo tanto em favor quanto contra o presidente americano, Donald Trump, e seu rival, o democrata Joe Biden, segundo Gleicher. A Microsoft alertou no início de setembro que grupos da Rússia, China e Irã tentaram invadir contas de pessoas e organizações envolvidas nas campanhas presidenciais dos EUA. Chineses e iranianos rejeitaram a denúncia.