Para consumidores de menor poder aquisitivo, a piora relacionada à falta de perspectivas sobre a situação financeira familiar impede um aumento da confiança. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3,2 pontos na passagem de agosto para setembro, para 83,4 pontos, na quinta alta consecutiva do indicador. Apesar do crescimento, o índice segue abaixo do nível pré-pandemia: em fevereiro, era de 87,8 pontos. “A confiança dos consumidores segue em setembro a trajetória de recuperação iniciada em maio, com avanços em todas as faixas de renda e capitais. Apesar disso, chama atenção as expectativas ainda pessimistas dos consumidores de baixa renda com relação à situação financeira familiar nos próximos meses, algo que está possivelmente relacionado à proximidade do fim dos pagamentos dos benefícios emergenciais", afirma em nota Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens. Confiança do consumidor – setembro/2020 Economia G1 Em setembro, tanto a satisfação dos consumidores em relação à situação atual quanto às expectativas para os próximos meses melhoraram: o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, para 72,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,4 pontos, para 91,5 pontos, registrando crescimento pelo quinto mês consecutivo, com desaceleração nos últimos meses. Houve melhora da confiança em todas as faixas de renda, principalmente nas faixas intermediárias. A FGV nota, no entanto, que, para os consumidores de menor poder aquisitivo, a piora relacionada à falta de perspectivas sobre a situação financeira familiar impede um aumento da confiança. A sondagem coletou informações de 1.686 domicílios entre os dias 1º e 19 de setembro. Assista as últimas notícias de economia