Possível retomada na produção da Líbia amplia temores de um excesso de oferta da commodity. Fábrica de refino de petróleo no Texas nesta segunda-feira (20) Mark Felix/AFP Os preços do petróleo afundaram cerca de 4% nesta segunda-feira (21), com o crescente número de casos de coronavírus gerando preocupações quanto à demanda global e uma possível retomada na produção da Líbia ampliando os temores de um excesso de oferta da commodity. O petróleo acompanhou outros mercados de ações e commodities em meio à aversão ao risco nesta segunda, já que o aumento nas contagens de Covid-19 na Europa e em outros países desencadeou novas medidas de "lockdown", colocando em dúvida a recuperação econômica. "Estamos vendo mais notícias deprimentes sobre a demanda por combustível de aviação", disse Gary Cunningham, diretor de pesquisas de mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut. "Vemos um mercado muito mais fraco. O panorama econômico já não parece tão otimista quanto antes." Vídeos: Veja mais notícias sobre petróleo Turquia e Grécia disputam área rica em petróleo no Mar Mediterrâneo O petróleo Brent fechou em queda de US$ 1,71, ou 3,96%, a US$ 41,44 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) recuou US$ 1,80, ou 4,38%, para US$ 39,31 o barril. Ambos os contratos registraram os maiores declínios em duas semanas. Mais de 30,78 milhões de pessoas já foram infectadas pelo coronavírus, segundo contagem da Reuters. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, cogitou nesta segunda (21) um novo "lockdown" nacional, enquanto os números de casos também subiram na Espanha e França. Enquanto isso, trabalhadores retomaram as operações no campo de Sharara, na Líbia, de acordo com dois engenheiros que atuam no local, depois de a National Oil Corporation anunciar a suspensão parcial de uma medida de força maior. No entanto, ainda não está claro quando e a que nível a produção de petróleo na área poderá ser retomada.