Popstar americana lança 1º álbum, com 'Sweet But Psycho', que chegou ao topo das paradas de mais de 20 países. Ao G1, ela relembra infância em concursos de talentos. A estreia de Ava Max Alguns pensam que a carreira da cantora americana Amanda Ava Koci começou quando "Sweet But Psycho" chegou ao primeiro lugar em mais de 20 países, entre 2018 e 2019. Mas Ava Max, codinome da voz deste hit dançante, vem tentando a sorte desde criança. Quando tinha 10 anos, ela começou a participar de concursos de talentos pelos Estados Unidos. "Eu sempre ficava chateada quando eu perdia", recorda Ava, em entrevista ao G1 por Zoom (assista no vídeo acima), direto de Los Angeles. "Eu era muito competitiva quando era mais nova. Então, vamos dizer que tinham 5 mil pessoas e eu conseguia um top 5. Eu ficava feliz, mas se pegava um segundo lugar, eu falava 'nãããão'. E era só porque alguém fez uma acrobacia no palco antes de cantar e daí ficou em primeiro. E eu 'nããão'. Era divertido." Finalmente, a estreia Ava Max Divulgalção/Warner Desde 2018, fãs do pop cheio de coreografias aguardam o álbum de estreia de Ava Max. Mas por que demorou tanto? "Eu estava sempre em turnê e eu não tinha tempo para tirar as fotos do álbum, porque eu estava em tantos países diferentes, então não conseguia fazer o ensaio fotográfico." "E eu queria que tudo fosse perfeito. No começo deste ano, eu ia lançar, mas veio uma pandemia! Foi um choque para todos e quis atrasar. E agora estamos em um 'novo normal', senti que é uma hora apropriada." Um dos principais parceiros de Ava é o canadense Henry Russell Walter, ou Cirkuit. Ele já foi ouvido com Katy Perry, Rihanna e Maroon 5. "Ele é um gênio. Ele é muito focado no que ele produz", elogia Ava. "Eu posso literalmente ir ao banheiro por dois segundos, voltar e ele tem uma música nova… A produção que ele faz é incrível. Ele me ensinou muito e eu confio na opinião dele." Barbie Girl? Nada disso… Ava Max Divulgação/Warner Um dia no estúdio, Ava estava ouvindo "Barbie Girl", sucesso de 1997 da banda dinamarquesa Aqua. Assim como Kelly Key fez em 2005, com "Sou a Barbie Girl", Ava decidiu atualizar a letra, contando a história da garota boneca de um ponto de vista empoderado. Em 2018, lançou "Not Your Barbie Girl". "Estava fazendo novas versões de músicas antigas e nessa eu pensei: 'Peraí, não sou a Barbie Girl de ninguém'. Mas daí eu pensei: 'Ei, é só mudar a letra'. Eu amo aquela música, amo a melodia, mas a letra queria atualizar e falar de empoderamento feminino." Nova Lady Gaga? Nada disso… Ava não curte ser chamada de Barbie e tampouco quer ser chamada de "nova Lady Gaga". É normal entre fãs e jornalistas, quando se fala de uma nova artista, esses e outros rótulos que comparam cantoras. Será que isso tem um quê de machismo? "Com certeza, penso que sim", responde ela, prontamente. "Não sei por que comparam tanto as cantoras. É estranho, uma forma de botar as mulheres pra baixo e não é certo. Não é bom haver tanto ódio e tantas comparações. Essas pessoas precisam de ajuda, são meio inseguras." A cantora Ava Max Divulgação/Warner Quando "Sweet but psycho" começou a fazer mais sucesso, algumas pessoas afirmaram que a letra trata a saúde mental de um jeito problemático. "Sim, um monte de gente pensou que a saúde mental era meu alvo, mas não era nada disso", explica Ava. A letra é sobre uma mulher "encantadora, mas psicopata" que grita à noite, "arranca sua camisa em segundos" e "bagunça sua cabeça". "Se uma garota é chamada de 'psicopata', eu quero dizer 'não somos psicopatas, somos apaixonadas, fortes'. O homem da relação está sempre distorcendo. 'Gaslighting' é uma palavra que não é usada com tanta frequência e a gente tem que fazer com que saibam o que essa 'manipulação' é." Com esse hit polêmico, ela pretende vir ao Brasil, quando puder. "Eu tinha esperança de cantar no Rock in Rio ou no Lollapalooza neste ano, mas com todo o impacto da pandemia, não há mais festivais. Assim que tudo voltar a abrir de novo, a gente poderá sair em turnê de novo."