Após um mês de negociação, ByteDance não aceitou a proposta da gigante de tecnologia de assumir operações do app nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Popular rede social TikTok tenta remover imagens sensíveis de suicídio. Getty via BBC O TikTok não será mais comprado pela Microsoft. Após mais de um mês de negociação, a dona do aplicativo de vídeos, a ByteDance, rejeitou a oferta da gigante de tecnologia de adquirir as operações nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Para evitar ter o aplicativo banido dos Estados Unidos, a operação americana do TikTok precisa ser adquirido por uma empresa norte-americana até esta terça-feira (15). Além da Microsoft, a Oracle está em negociações com a ByteDance. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o prazo para que as negociações sejam concluídas não será prorrogado. De acordo com o jornal "The Wall Street Journal", é possível que a Oracle tenha sido escolhida para administrar o TikTok nos Estados Unidos e um anúncio pode acontecer em breve. Em seu blog oficial neste domingo (13), a Microsoft confirmou a rejeição da oferta pela ByteDance. "Estamos confiantes de que nossa proposta teria sido boa para os usuários do TikTok, ao mesmo tempo que o objetivo era proteger os interesses de segurança nacional", informou a empresa. Não foi informado os valores da negociação nem quais mudanças a Microsoft disse que faria no TikTok. A Microsoft disse também que, caso o negócio fosse concretizado, teria feito mudanças significativas para garantir que o serviço atendesse aos mais altos padrões de segurança, privacidade e combate à desinformação. "Estamos ansiosos para ver como o serviço evolui nessas áreas importantes", concluiu. A Microsoft revelou em agosto que estava buscando um acordo para comprar as operações do TikTok nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. O governo norte-americano participava das negociações, acusando a plataforma de ser uma ferramenta de inteligência chinesa. TikTok: o aplicativo chinês que conquistou milhões de usuários Na sexta-feira (11), o governo chinês disse que preferia que o TikTok encerrasse suas operações nos Estados Unidos do que ter uma venda de operações forçada. Autoridades chinesas avaliaram que uma venda forçada faria com que a ByteDance e a China parecessem fracos diante da pressão de Washington, disseram as fontes. A ByteDance disse à Reuters que o governo chinês nunca sugeriu fechar o TikTok nos EUA ou em qualquer outro mercado. No final de agosto, o TikTok iniciou um processo processo contra o governo Trump. A companhia disse que tentou relacionamento com os EUA por quase um ano, mas que o governo americano não deu atenção aos fatos. No começo de agosto, o presidente americano deu 45 dias para que as operações do aplicativo no país fossem vendidas ou ele poderia ser banido. O TikTok é conhecido por vídeos curtos populares entre adolescentes. Mas as autoridades norte-americanas expressaram preocupação de que as informações sobre os usuários da plataforma possam ser repassadas à China. O aplicativo disse que não atenderia a nenhum pedido de compartilhamento de dados de usuários com as autoridades chinesas.