♪ Em cena desde 2016, ano em que debutou no mercado fonográfico com o single R B N, o trapper cearense Matuê – nascido em Fortaleza (CE) em outubro de 1993, mas criado em Oakland, na Califórnia (EUA) – aciona Máquina do tempo para ir além do trap. Máquina do tempo é o título do primeiro álbum do artista e o nome da última das sete músicas que compõem o repertório autoral do disco produzido pelo próprio Matuê lançado na sexta-feira, 11 de setembro. Com apenas 19 minutos, o álbum Máquina do tempo chega ao mundo digital três anos após Matheus Brasileiro Aguiar ter ganhado projeção com o single Anos luz, já um clássico no nicho do trap. Dois anos após esse single aderente, Matuê consolidou a trajetória com outro single blockbuster, Kenny G (2019), e entrou no processo de criação de Máquina do tempo. Capa do álbum 'Máquina do tempo', de Matuê Divulgação A viagem sonora proposta pelo rapper no álbum já começa com escala alucinógena, mote de Cogulândia, faixa que abre o disco e que precede outra faixa mais vagarosa, Antes. A rota dessa viagem inclui passagem pela praia do reggae, ritmo miscigenado com trap na música É sal. “Máquina do tempo é disco fora da curva do trap”, conceitua Matuê. Equilibrando-se entre a leveza good vibe de Vem chapar e a densidade soturna de 777-666, o trapper insere música do grupo Charlie Brown Jr. – em forma de sample, mas com Matuê regravando todos os instrumentos do registro fonográfico original de Como tudo deve ser (Chorão e Champignon, 2001) – na faixa-título Máquina do tempo, parceria com o rapper Menestrel. Cada uma das sete músicas do álbum gerou audioclipe criado pelo artista Stefan Mathez com animações que acrescentam outras narrativas à história narrada por Matuê em Máquina do tempo.