Ministério da Economia avaliou que trabalho conjunto do governo e do Congresso Nacional na elaboração e implementação de políticas econômicas suavizaram os efeitos do coronavírus no PIB. O Ministério da Economia avaliou nesta terça-feira (1) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que registrou um tombo de 9,7% na comparação com os três meses anteriores, embora tenha mostrado retração elevada, foi menor do que "as principais economias" e, também, quando comparado a alguns países emergentes (Chile, México e Índia).
A queda do PIB no segundo trimestre foi a mais intensa desde que o IBGE iniciou os cálculos do PIB trimestral, em 1996. A nova recessão, porém, é diferente das anteriores não só pela intensidade como também por ter sido detonada por uma crise sanitária global, que exigiu medidas de isolamento social para a contenção da pandemia de Covid-19.
"A redução da atividade está entre as menores em relação as principais economias. Por exemplo, a queda no 2º trimestre nos países do G7, quando comparado ao mesmo trimestre de 2019, foi de -11,9%. Algo semelhante ocorre para os países emergentes como Chile, México e Índia foram de -13,7%, -19% e -23,9%, respectivamente", informou.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, essa "menor deterioração" deveu-se ao trabalho conjunto do governo e do Congresso Nacional na elaboração e implementação de políticas econômicas que "suavizassem os efeitos do coronavirus".
"Um dos objetivos de tais medidas foi justamente atenuar os impactos negativos sobre a economia, buscando a preservação dos empregos e à sobrevivência das empresas. Outro propósito das medidas implementadas foi o de limitar o efeito da pandemia para os informais e para as famílias mais pobres, mantendo a renda de muitas famílias brasileiras nesse momento de maior necessidade", acrescentou a área econômica.
Apesar do forte tombo do PIB e início de um novo período recessivo na economia brasileira, o governo informou que dados mais recentes apontam para início de uma recuperação parcial em maio e junho, e "continuidade da retomada" da economia no terceiro trimestre.
Entretanto, o governo avaliou que uma "recuperação pujante" da economia só será possível com a retomada da agenda de reformas e consolidação fiscal (redução do rombo das contas públicas). A área econômica citou a necessidade de aprovar a proposta que modifica a Lei de Falências de 2005, do projeto de lei do gás e do projeto que cria o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, entre outros.