Houve melhora em todos os seis principais segmentos do comércio em agosto, com recuperação de 92% da confiança perdida desde o início da pandemia. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) avançou 10,5 pontos em agosto, passando para 96,6 pontos, registrando a quarta alta consecutiva, segundo divulgou nesta terça-feira (25) a Fundação Getulio Vargas.
Segundo o levantamento, a confiança subiu em todos os seis principais segmentos do comércio em agosto, recuperando boa parte das perdas com a pandemia de coronavírus.
“A confiança do comércio mantém a tendência de recuperação, com expressiva alta em agosto, conquistando 92% da confiança perdida desde o início da pandemia. Apesar dos resultados positivos, a velocidade da recuperação não tem sido homogênea entre os segmentos. Os consumidores estão se mostrando cautelosos e a incerteza se mantém elevada, dificultando a elaboração de cenários mais claros da tendência da confiança nos próximos meses“, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Do ponto de vista de horizontes temporais, houve melhora tanto percepção do momento presente e quanto nas expectativas. O Índice de Situação Atual avançou 13,6 pontos, para 102,0 pontos, atingindo o maior valor desde agosto de 2013 (105,2 pontos). Já o Índice de Expectativas subiu 6,8 pontos para 91,3 pontos, registrando o maior valor desde o início da pandemia.
A recuperação da confiança, porém, não é homogênea entre os segmentos que compõe o varejo ampliado. Ramos como tecidos, vestuário e calçados e veículos, motos e peças ainda se encontram abaixo do patamar de fevereiro. "Por outro lado, hiper e supermercados, que nem apresentou queda no período da pandemia, e móveis e eletrodomésticos, puxam o resultado do indicador para cima", destaca a FGV.
Belo Horizonte amplia retomada do comércio