Danilo Caymmi, Edu Lobo, Joyce Moreno e Ilessi também figuram no elenco do álbum ainda inédito no mercado brasileiro. ♪ Em 1973, Novelli lançou álbum gravado e assinado com Beto Guedes, Danilo Caymmi e Toninho Horta. Uma das nove músicas desse disco, Viva eu ganhou a voz do cantor, compositor e multi-instrumentista nascido no Recife (PE) com o nome de Djair de Barros e Silva, mas conhecido como Novelli – desde que foi crooner nos anos 1960 do conjunto Nouvelle Vague – e associado ao Clube da Esquina desde a criação do movimento mineiro dos anos 1970. Parceria de Novelli com o pianista e compositor Wagner Tiso, Viva eu ganha um segundo registro fonográfico, após 47 anos, no álbum em que a cantora italiana Barbara Casini reúne 15 composições de Novelli para saudar o artista. Com capa que expõe pintura de Tengiz Mirzashvili, o disco se chama justamente Viva eu – As canções brasileiras de Novelli. A parceria de Novelli com Tiso é cantada por Casini com a cantora carioca Ilessi. Assinado por Barbara Casini com o músico mineiro Toninho Horta, cujo toque do violão é ouvido em 11 das 15 faixas, o álbum Viva eu por ora foi lançado somente no mercado italiano neste ano de 2020, mas tem o perfil de disco que bem poderia ganhar edição em CD da gravadora carioca Biscoito Fino – inclusive pelo time de cantores e músicos convidados. Durante três dias de gravação no estúdio Cia. dos Técnicos, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em março de 2019, Casini conseguiu a proeza de reunir Chico Buarque, Danilo Caymmi, Edu Lobo, Francis Hime, Joyce Moreno, Luiz Claudio Ramos e Nelson Angelo, além da já citada Ilessi. Luiz Cláudio Ramos, Toninho Horta, Barbara Casini, Chico Buarque e Novelli em estúdio na gravação do disco 'Viva eu' Reprodução / Facebook Barbara Casini Parceiro de Novelli em Linha de montagem (1980), uma das músicas soladas por Casini no álbum Viva eu, Chico Buarque é o convidado da regravação de Pelas ruas do Recife (1968), frevo de Novelli com Marcos Valle com Paulo Sérgio Valle que evoca a origem pernambucana do compositor homenageado. O registro de Chico foi feito com o violão de Luiz Claudio Ramos. Na mesma área musical, Reis e rainhas do maracatu (Novelli, Milton Nascimento, Nelson Angelo e Fran, 1977) ganha a voz de Edu Lobo, artista de ascendência pernambucana. Francis Hime toca piano em Profunda solidão (Novelli e Cacaso, 1981), música lançada na voz de Olivia Hime. Outra parceria de Novelli com o letrista poeta Cacaso (1944 – 1987), Triste baía da Guanabara – composição lançada por Djavan no álbum Alumbramento (1980) – ganhou a voz e o violão de Nelson Angelo. Também da lavra de Novelli com Cacaso, Sem fim é ouvida na voz de Danilo Caymmi com o simbolismo de a canção ter sido lançada em 1979 em disco de Nana Caymmi, irmã de Danilo. Já Joyce Moreno pôs voz e violão em Interior / Exterior, música somente de Novelli, até então inédita em disco. Baião do acordar (Novelli, 1973), Toshiro (Novelli, 1973), Minas Gerais (Novelli e Ronaldo Bastos, 1976) e Laranja azeda (Novelli e Cacaso, 1980) são outras músicas de Viva eu, disco em que Barbara Casini vira parceira de Novelli por ter escrito em italiano os versos da canção Un canto. Aos 75 anos de vida, Novelli vive! Toninho Horta, Novelli e Danilo Caymmi em estúdio na gravação da canção 'Sem fim' Reprodução / Facebook Barbara Casini