Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,14%, vendida a R$ 5,5287. Notas de dólar em casa de câmbio Hafidz Mubarak/Reuters O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (20), com as atenções dos investidores voltadas para as discussões em torno do orçamento do governo para 2021 e preocupações sobre a trajetória das contas públicas, após o Senado derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste salarial de servidores públicos. Às 11h17, a moeda norte-americana subia 2,01%, vendida a R$ 5,6400. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,6730. Já o dólar turismo era negociado ao redor de R$ 5,92. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,14%, a R$ 5,5287 – maior patamar de fechamento desde 22 de maio (R$ 5,5842). Na semana, o dólar passou a acumular alta de 1,83%. No mês, tem alta de 5,97%, e no ano, de 37,88%. Nesta quinta-feira, o Banco Central fará leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em março e setembro de 2021. ‘Senado deu um sinal muito ruim’, diz Guedes sobre derrubada de veto que impedia reajuste Cena local e externa Na noite desta quarta-feira, o ministro Paulo Guedes, da Economia, criticou a decisão do Senado de derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste de salários de servidores durante a pandemia do coronavírus. Ele disse que o Senado deu "um péssimo sinal" e classificou a decisão como "um crime contra o país". O tema ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados, em sessão prevista para esta quinta-feira. Decisão do Senado explicita caminho tortuoso de uma reforma administrativa Planalto aciona Maia e cobra centrão por veto a reajuste de servidores O congelamento dos reajustes até o fim de 2021 foi uma contrapartida definida pelo governo, como resultado de um acordo, para o pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios, cujos cofres foram abalados pela pandemia. No caso de a Câmara acompanhar a decisão dos senadores, "isso pode comprometer a economia de R$ 130 bilhões, que eram esperados pela equipe econômica", destacou a equipe da CM Capital Markets. “A perspectiva para as medidas da PEC dos gatilhos, que tem como objetivo principal o enxugamento da folha de pagamentos com servidores, é muito ruim. Essa é a principal medida fiscal e se, prosperar, será desidratada. O efeito direto para o teto advém do impacto que a União terá, que é o menor, porém, o impacto direto, via Estados e municípios, é grande e pode totalizar cerca de R$ 45 bilhões”, notam os estrategistas da Tullett Prebon Brasil. Na cena externa, o viés era de maior cautela com os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA voltando a superar 1 milhão, um dia após o Federal Reserve sinalizar que a maior economia do mundo terá um árdua recuperação, indicando a necessidade da manutenção das medidas de estímulo por um período mais longo do que o inicialmente projetado. O fato de o Fed ter citado a desvalorização da moeda local na ata de sua reunião continuava reverberando nos mercados. Variação do dólar em 2020 Economia G1