Empresa citou redução nas receitas com clientes comerciais e industriais, postergação do reajuste tarifário e elevação do nível de inadimplência. A Sabesp teve lucro líquido de R$ 378,2 milhões no segundo trimestre, queda de 16,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, afetado por medidas adotadas em razão da instabilidade econômica no país com a pandemia de Covid-19, além de efeitos cambiais.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, porém, cresceu 28,4% ano a ano, para R$ 1,58 bilhão, com aumento da margem Ebitda ajustada de 30,8% para 35,7%.
A companhia destacou acordo com o município de Mauá em junho, que gerou um aumento de R$ 193,6 milhões na receita operacional, bem como operação no município de Santo André em agosto do ano passado, que representou acréscimo R$ 73,4 milhões na receita operacional bruta ante o segundo trimestre de 2019.
Entre os reflexos adversos da pandemia, a Sabesp citou redução nas receitas com clientes comerciais e industriais, postergação do reajuste tarifário e isenção no pagamento dos clientes das categorias de uso 'Residencial Social' e 'Residencial Favela'.
A companhia também reportou aumento de R$ 36,4 milhões, para R$ 117,18 milhões, nas despesas com perdas calculadas com créditos de liquidação duvidosa, citando elevação do nível de inadimplência e da expectativa de aumento nas perdas futuras, decorrente da queda na arrecadação dos municípios e do aumento dos pedidos de falência.
Nesse contexto, a receita operacional líquida somou R$ 4,43 bilhões entre abril e junho, incremento de 10,9% frente ao mesmo trimestre de 2019, também beneficiada por reajuste tarifário a partir de maio do ano passado.
O volume faturado de água e esgoto da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo alcançou 986,4 milhões de metros cúbicos no segundo trimestre, alta de 3,2% frente ao mesmo intervalo de 2019.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 675,5 milhões, um salto em relação ao desempenho negativo de R$ 155,6 milhões no segundo trimestre de 2020.
De acordo com dados disponíveis ma Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira, o efeito nas variações monetárias e cambiais líquidas no segundo trimestre foi R$ 523 milhões acima do valores do mesmo período de 2019.
No segundo trimestre, o investimento somou R$ 1,3 bilhão, sendo que R$ 514,3 milhões não afetaram o caixa.
A Sabesp disse que encerrou o segundo trimestre com R$ 3,366 bilhões em caixa e equivalentes de caixa, de R$ 2,253 bilhões no final de 2019.
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