Na quinta-feira, moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 1,54%, a R$ 5,3666. Nota de US$ 5 dólares REUTERS/Thomas White O dólar opera em alta em nesta sexta-feira (13), negociado ao redor de R$ 5,40, refletindo a aversão a risco no exterior depois de dados decepcionantes da China, enquanto os investidores seguiam de olho na cena política local. Às 11h36, a moeda norte-americana subia 0,68%, a R$ 5,4032. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,4339. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,54%, a R$ 5,3666. No mês, passou a acumular alta de 2,87%, e no ano, de 33,84%. Datafolha: Jair Bolsonaro está com a melhor avaliação desde que começou o seu mandato Cena local e externa Na China, as vendas no varejo na China recuaram em julho contrariando as expectativas de aumento, enquanto a recuperação do setor industrial mostrou dificuldades em ganhar ritmo. Mesmo depois do fim de um estímulo emergencial que fornecia pagamentos semanais a norte-americanos desempregados, a Casa Branca e os democratas do Congresso dos EUA seguem brigando sobre os termos de um novo pacote de ajuda econômica, uma vez que o governo Trump não quer aprovar financiamento para que as eleições no país sejam feitas pelos correios. No exterior, diante desse cenário, o dólar operava em leve queda contra uma cesta de moedas , mas registrando perdas menos acentuadas do que as registradas nos últimos dias. No Brasil, o índice de atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), cresceu 4,89% em junho sobre maio, mas acumulou contração de 10,94% no 2º trimestre frente aos três meses anteriores. Na noite da véspera, pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atingiu sua melhor avaliação desde o início do mandato. De acordo com o levantamento, 37% consideram o governo ótimo ou bom e 34% acham ruim ou péssimo. Os investidores seguem atentos a Brasília e as discussões em torno do orçamento de 2021, principalmente após Bolsonaro afirmar na véspera que o governo respeita o teto dos gastos e quer a responsabilidade fiscal. Na noite desta quinta, porém, o presidente reconheceu, que há debates no governo sobre "furar" a regra do teto de gastos públicos. A incerteza política doméstica, aliada a um ambiente de juros extremamente baixos e uma crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, é apontada por analistas como um dos fatores de pressão sobre o dólar, que chegou a níveis recordes próximos de R$ 6 em 2020. A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 permanece em R$ 5,20, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar. Atuação do Banco Central O Banco Central dará início na próxima segunda-feira à rolagem de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em outubro, em decisão anunciada na quarta-feira após o BC retomar ofertas líquidas desses ativos pela primeira vez em cerca de três meses diante da pressão na taxa de câmbio. "O Banco Central está de olho na especulação do mercado", disse à Reuters Mauriciano Cavalcante. "Ele está deixando o mercado fluir de acordo com a oferta e a procura, mas quando há picos de especulação ele mostra presença, e o BC tem bala na agulha para intervir." Variação do dólar em 2020 Economia G1