Resultado indica que varejo restrito recuperou o patamar anterior à pandemia, avalia pasta da Economia. Setores como o de vestuário e de combustíveis ainda não reverteram perdas. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia avaliou nesta quarta-feira (12) que o resultado das vendas do comércio varejista, com alta de 8% em junho, mostra recuperação em "V" para este setor, ou seja, com forte alta depois de queda pronunciada devido à pandemia do novo coronavírus.
Trata-se da segunda alta consecutiva do setor, após tombo nos meses de março e abril. Com o resultado, o varejo brasileiro acumula queda de 3,1% no ano e de 0,1% em 12 meses.
Vendas do comércio varejista crescem 8% em junho, mas setor tem pior semestre desde 2016
"O resultado da pesquisa mensal do comércio PMC para o mês de junho indica que o nível das vendas no varejo restrito já recuperou o patamar anterior aos efeitos negativos da Covid, excedendo o índice de fevereiro deste ano – série com ajuste sazonal", diz o Ministério da Economia.
Segundo análise da área econômica, o bom resultado no varejo se deu principalmente pelo desempenho dos gastos das famílias com mercados e alimentos, móveis e eletrodomésticos, fármacos, construção e outros setores.
O ministério acrescentou, porém, que alguns setores ainda não apresentaram a "recuperação completa e pujante".
"O resultado de vestuário, combustíveis e lubrificantes, escritório e informática ainda está aquém do nível anterior à pandemia e, provavelmente, se relacionam com o elevado número de trabalhadores que exercem suas funções remotamente", informou o Ministério da Economia.
De acordo com a Secretaria de Política Econômica, a análise dos dados "corrobora a ideia" de que a rápida recuperação do comércio pode ser explicada pelo "escudo de proteção criado pelo governo federal, a citar, o programa de manutenção do emprego e o auxílio emergencial para a população mais pobre".
"No entanto, é importante indicar que essas políticas são formatadas para o curto prazo e que as reformas estruturais e a consolidação fiscal são o caminho para o desenvolvimento do país", concluiu.