Fabricante de aeronaves brasileira divulgou na manhã desta quarta (5) os resultados do 2° trimestre, em que registrou prejuízo de R$ 1,6 bilhão. No 1° trimestre, o prejuízo havia sido de R$ 1,28 bilhão. Embraer registra prejuízo de R$ 2,95 bilhões em 2020 Divulgação/Embraer A Embraer registrou prejuízo de R$ 2,95 bilhões nos primeiros seis meses de 2020. A informação é da fabricante de aeronaves brasileira, que divulgou nesta manhã os resultados financeiros do segundo trimestre do ano, com prejuízo líquido de R$ 1,68 bilhão. No primeiro trimestre, o prejuízo já havia sido de R$ 1,28 bilhão. Segundo a Embraer, no segundo trimestre de 2020, a receita líquida teve queda de 47% em relação ao mesmo período de 2019 e ficou em R$ 2,86 bilhões. Nos seis primeiros meses de 2020, foram entregues somente quatro aeronaves comerciais e 13 executivas. No ano, o prejuízo líquido acumulado da empresa brasileira foi de R$ 2,95 bilhões, enquanto no primeiro semestre de 2019 a empresa apresentou prejuízo de R$ 134 milhões. Em conferência com jornalistas, a Embraer informou que os impactos da pandemia de coronavírus afetam principalmente a aviação comercial, o que contribuiu com quase 75% da queda na receita líquida da companhia. A empresa destacou que não teve nenhum cancelamento na carteira comercial, apenas mudanças no prazo de entregas. A Embraer informou ainda que replanejou de 2020 para 2023 a entrada de operação do jato E175-E2. No acumulado do 1° semestre de 2020, a Embraer entregou nove jatos comerciais e 22 executivos, comparado aos 37 jatos comerciais e 36 executivos entregues durante os seis primeiros meses de 2019. A receita líquida também teve queda: R$ 5,70 bilhões, bem abaixo dos R$ 8,50 bilhões no mesmo período de 2019. Segundo a empresa, as entregas de aeronaves foram impactadas pela "pandemia da Covid-19 que tem afetado o mundo e pela pausa no início do anos para concluir a separação dos negócios de Aviação Comercial para a parceria não concretizada com a Boeing". A Embraer acrescentou ainda que, devido à incerteza relacionada à pandemia da Covid-19, as estimativas financeiras e de entregas da empresa para 2020 permanecem suspensas. Fracasso com Boeing No final abril, a Boeing anunciou a rescisão do acordo que daria à gigante norte-americana o controle sobre a divisão de aviação comercial da Embraer, em meio às crises no setor de aviação e na economia global, deixando a Embraer sem um plano B claro. A Embraer informou no balanço que os custos de separação dos negócios relacionados com a parceria estratégica com a Boeing, agora encerrada, reconhecidos em janeiro, foram de R$ 96,8 milhões. Na tentativa de diminuir os impactos na companhia, a Embraer assinou contrato em julho com cinco bancos públicos e privados para contrair US$ 300 milhões em empréstimos para financiar o capital de giro para exportações. Entenda como Boeing e Embraer foram da aproximação ao rompimento do acordo bilionário Embraer abre procedimento arbitral contra a Boeing