'Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho' é topo de ranking de vendas dos últimos meses. Mercado de livros apresenta primeira alta em relação a 2019 desde início da pandemia no país. Homem usando máscara de proteção organiza livros na livraria La Sorbonne, na França Eric Gaillard/Reuters Os livros de autoajuda e finanças pessoais dominaram a lista de livros mais vendidos no período da quarentena. Em relatório feito pela Nielsen Bookscan, as duas categorias foram destaque no ranking das 10 obras com maior número de vendas. Os dados são referentes ao período de 16 de março até 19 de julho de 2020. "Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho", do educador financeiro Thiago Nigro, aparece no topo da lista, seguido de "A sutil arte de ligar o f*da-se", de Mark Manson. "A revolução dos bichos" é a única ficção a aparecer no ranking. Confira lista dos 10 livros mais vendidos durante quarentena: "Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho", de Thiago Nigro (HarperCollins) "A sutil arte de ligar o f*da-se", de Mark Manson (Intrínseca) "Mulheres que correm com os lobos", Clarissa Pinkola Estés (Rocco) "Os segredos da mente milionária", T. Harv Eker (Sextante) "Mais esperto que o diabo", de Napoleon Hill (CDG) "O milagre da manhã", de Hal Elrod (Best Seller) "O homem mais rico da Babilônia", de George S. Clason (HarperCollins) "A revolução dos bichos", de George Orwell (Companhia das Letras) "Mindset", de Carol S. Dweck (Objetiva) "Pequeno manual antirracista", de Djamila Ribeiro (Companhia das Letras) Autoajuda escandinava: Como livros que vendem felicidade nórdica viraram best-sellers Mercado em alta De acordo com dados de um estudo feito pela Nielsen e apresentado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), ao longo do mês de julho foram vendidos 2,95 milhões de títulos em todo o Brasil, o que gerou um faturamento de R$117,08 milhões. O resultado representa um aumento de 0,64% em volume e 4,44% em valor, em comparação com o mesmo período de 2019. Desde março, quando teve início a quarentena, este é o primeiro mês em que o resultado de 2020 na venda de livros supera o de 2019. O mercado de livros sofreu bastante com a pandemia e as livrarias iniciaram este mês o movimento de retomada de funcionamento. Assim como o restante das lojas, elas têm de obedecer a algumas regras, como distanciamento entre clientes e barreiras de acrílico nos caixas. A maior mudança é em relação aos livros manuseados. A cada vez que um cliente folheia um livro, ele precisa ser limpo imediatamente. Para não estragar a capa, o número de unidades embaladas com plástico aumentou.