Banco quer estimular o home equity, modalidade de crédito no qual um imóvel é utilizado como garantia e permite a redução nas taxas juros de crédito pessoal. Imóveis podem ser dados como garantia para empréstimos SVM A Caixa Econômica Federal anunciou empréstimos que têm imóvel como garantia, o chamado home equity, prevendo que poderá multiplicar por 10 sua carteira no setor, para cerca de R$ 40 bilhões. O home equity é uma modalidade de crédito no qual um imóvel é utilizado como garantia e permite a redução nas taxas juros de crédito pessoal. Embora exista no país há bastante tempo, o home equity tem um estoque de cerca de R$ 11 bilhões, mercado em que a Caixa detém R$ 3,5 bilhões, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães. "Há espaço grande para aquecer nesse segmento. O volume é de R$ 11 bilhões no país e a Caixa tem volume de R$ 3,5 bilhões, é pequeno, queremos aumentar, a expectativa é oferecer R$ 40 bilhões na contratação pelo home equity", disse Guimarães. O home equity estará disponível para imóveis livres de ônus, ou seja, que não têm garantia para nenhum outro banco nem para a Caixa. Podem ser oferecidos como garantia imóveis residenciais ou comerciais. A contratação poderá ser feita a partir de 3 de agosto, com taxas pela TR, IPCA ou taxa fixa, o que permite uma gama de clientes em volume maior, segundo Guimarães. Veja as condições abaixo: IPCA – taxa a partir de 0,6% ao mês num prazo de até 15 anos com garantia de até 50% do valor do imóvel TR – taxa a partir de 0,7% ao mês num prazo de até 15 anos com até 60% do valor do imóvel Taxa fixa – taxa a partir de 0,8% ao mês num prazo de até 15 anos com até 60% do valor do imóvel No caso da TR, a taxa máxima será de 0,9%, oferecida independente de qualquer relacionamento com os clientes. No crédito pessoal, por exemplo, os bancos cobram juros ao redor de 80% ao ano, segundo dados mais recentes do Banco Central. Com a garantia do imóvel, o juro cairá para uma faixa de 7% a 10% ao ano, mais TR, ou com uso de IPCA ou da taxa fixa anual. O simulador para a contratação do empréstimo está disponível no site da Caixa, e a contratação será feita nas agências da Caixa e correspondentes Caixa Aqui. Recentemente, o Banco Central anunciou novas regras que permitem ao cliente contratar operação de crédito oferecendo como garantia imóvel que já esteja alienado fiduciariamente a uma operação de crédito junto à instituição financeira, por meio de compartilhamento. A Caixa anunciou que lançará uma segunda fase do programa, com condições que contemplarão a aceitação de imóvel com ônus como garantia de novas operações, de acordo com as novas regras anunciadas pelo regulador. Redução de juros para compra de terrenos e construção A Caixa anunciou ainda a redução da taxa de juros dos empréstimos para pessoas físicas para compra de terrenos e construção de imóveis, que passarão a valer também em 3 de agosto. Atualmente, na linha com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o banco cobra taxas menores para quem toma empréstimo para comprar um imóvel pronto do que para os que adquirem um lote urbanizado para construir. Para a modalidade de financiamento de lote urbanizado, poderão ser financiados valores entre R$ 50 mil e R$ 1,5 milhão, com taxa de juros efetiva de até TR + 8,5% ao ano, com cota de financiamento de até 70% sobre o valor de avaliação do terreno e prazo de até 20 anos para pagamento da dívida. Nas modalidades aquisição de terreno e construção e construção em terreno próprio, a Caixa passará a ofertar também taxas de juros customizadas que podem chegar a TR + 6,5% ao ano. As modalidades estarão disponíveis nos correspondentes Caixa Aqui e na rede de agências. A iniciativa ocorre na esteira de forte crescimento da demanda no banco para esses financiamentos. Em 2019, a Caixa desembolsou R$ 3,6 bilhões para financiar pessoas físicas na compra de terrenos e posterior construção de imóvel. No primeiro semestre deste ano, essa linha já girou R$ 2,4 bilhões. E a previsão de Guimarães é chegar a R$ 4 bilhões no segundo semestre com a redução da taxa.