Virada aconteceu na quarta semana de julho, aponta resultado divulgado nesta segunda. Saldo positivo soma US$ 28,74 bi em 2020, contra US$ 27,97 bi no mesmo período do ano passado. O superávit da balança comercial brasileira no acumulado deste ano passou a ser maior do que o registrado no mesmo período de 2019, segundo números divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (27).
Com o resultado da quarta semana de julho, contabilizado até este domingo (26), o saldo positivo da balança comercial (exportações menos importações) somou US$ 28,749 bilhões, contra US$ 27,978 bilhões no mesmo período de 2019 – uma alta de 2,8%.
Até a divulgação anterior, a comparação entre 2019 e 2020 indicava um resultado pior da balança comercial brasileira neste ano. No boletim divulgado em 20 de julho, o superávit comercial acumulado em 2020 era 2,7% menor que o de 2019, considerado o mesmo período do ano.
Em janeiro, a balança comercial começou com déficit e chegou a registrar o pior resultado para este mês em cinco anos.
A este resultado, seguiu-se uma melhora em fevereiro, ainda com queda marginal frente ao mesmo período de 2019.
Em março, o saldo comercial cresceu, assim como em abril.
Entretanto, em maio, com a queda do fluxo de comércio mundial frente à pandemia do novo coronavírus, houve recuo de quase 20% no saldo positivo.
O mês de junho, porém, registrou o maior saldo comercial para esse período desde 1989.
57% das empresas brasileiras tiveram queda nas exportações
Apesar da crise do novo coronavírus, o mercado financeiro projeta melhora do saldo comercial neste ano. A expectativa das instituições financeiras é de que o superávit (exportações menos importações) some US$ 55 bilhões neste ano, contra um saldo positivo de US$ 46,674 bilhões em todo ano de 2019.
A melhora do saldo comercial, neste ano, vem sendo sustentada pelos bons números do setor agropecuário, que registrou crescimento de 23,8% nas exportações no primeiro semestre. A indústria extrativa teve queda de 9,6% nas vendas externas, e a indústria de transformação registrou recuo de 15,1%.
Em julho, na parcial até o dia 26, houve crescimento de 22,2% nas vendas externas do setor agropecuário, e queda de 10,3% na indústria de transformação, e alta de 0,4% na indústria extrativa mineral.