Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,2%, vendida a R$ 5,2039. Na semana passada, recuo foi de 3,28%. dinheiro, dólar, dólares, cédulas, notas pasja1000/Creative Commons Após operar entre leves altas e baixas, o dólar passou a operar em forte queda nesta segunda-feira (27), em dia de fraqueza da moeda norte-americana no exterior em meio às tensões diplomáticas entre Estados Unidos e China, com os investidores em modo de espera antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA). Às 15h22, a moeda norte-americana caía 0,64%, vendida a R$ 5,1707. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,2039 em queda de 0,2%. Na semana passada, o dólar recuou 3,28%. Na parcial do mês, acumula queda de 4,33%, mas segue com alta de 29,78% no ano. Cenário externo Os mercados internacionais dividem as atenções entre as expectativas sobre um pacote de estímulo econômico nos Estados Unidos e novas escaladas nas tensões entre as duas maiores economias do mundo, além de saltos nos casos de coronavírus. Nesta segunda-feira, a China ocupou as dependências do prédio onde ficava o consulado dos Estados Unidos em Chengdu, cidade do sudoeste do país, depois de ordenar que a instalação fosse desocupada em retaliação ao fechamento de seu consulado em Houston, no Estado norte-americano do Texas, na semana passada. Além disso, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que os EUA e seus aliados devem usar "maneiras mais criativas e assertivas" para fazer o Partido Comunista Chinês mudar suas atitudes em meio a novas brigas diplomáticas. A retórica EUA-China se aquece num contexto de forte disseminação da Covid-19 na maior economia do mundo, o que elevava as expectativas dos mercados sobre uma nova onda de estímulo por parte do governo norte-americano. Um pacote de auxílio anunciado mais cedo no ano para mitigar os efeitos da pandemia expira este mês. O Federal Reserve (banco central) dos Estados Unidos realiza sua reunião de política monetária nesta terça e quarta-feira, em meio a um aumento de casos de coronavírus que forçou a reimposição de medidas de confinamento e fechamento de negócios em parte do país. Apesar disso, é improvável que o Fed tome qualquer ação específica esta semana para lidar com a situação. Desde março, o banco central dos EUA anunciou várias medidas para permitir que a economia funcionasse em meio à pandemia. Desta vez, nada sugere mudanças nas taxas de juros: o Fed as reduziu a zero em meados de março devido ao avanço da pandemia. Hierarcas da entidade monetária reiteraram que as manteriam nesse nível enquanto a economia não emergir da crise. Tensões entre Estados Unidos e China têm se tornado mais frequentes: entenda as disputas Cenário local No Brasil, os economistas do mercado financeiro voltaram a melhorar a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, revisando a previsão de uma redução de 5,95% para 5,77%. Essa foi a quarta semana seguida de melhora do indicador. A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada da economia brasileira. Além disso, a semana começa com a expectativa da retomada dos trabalhos da comissão mista de reforma tributária na próxima quinta-feira e de acordo entre congressistas e governo sobre o conteúdo do texto. Entenda os impactos da pandemia de coronavírus nas economias global e brasileira Variação do dólar em 2020 Economia G1