Na quinta-feira, moeda fechou a R$ 5,2142, em alta de 1,92%. dinheiro, dólar, dólares, cédulas, notas pasja1000/Creative Commons Após uma manhã instável, o dólar opera em queda nesta sexta-feira (24), com a maior cautela nos mercados internacionais em meio a tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a China e com os negócios seguindo a perda de fôlego da moeda no exterior e atentos a declarações de um diretor do Banco Central sobre volatilidade cambial. Às 15h25, a moeda era vendida a R$ 5,1698 em queda de 0,85%. Veja mais cotações. Na quinta-feira, o dólar teve alta de 1,92%, a R$ 5,2142. Na parcial do mês, o dólar acumula queda de 4,14%, mas segue com alta de 30,04% no ano. v Cenário Os mercados avaliam nesta sexta a intensificação das tensões entre Estados Unidos e China, além das perdas da Intel após a empresa informar atraso no desenvolvimento de tecnologia de novos chips. As ações mundiais eram pressionadas depois que a China ordenou aos EUA que fechem seu consulado na cidade de Chengdu, respondendo à exigência dos EUA nesta semana de que a China feche seu consulado em Houston. "Pode haver mais impacto sobre as ações, pense nas empresas de tecnologia, especialmente se a Casa Branca parar de dar às empresas norte-americanas um passe livre em suas negociações com a China", disse Stephen Innes, estrategista-chefe de mercados globais da AxiCorp. Para Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, "(o dólar) pode voltar um pouco, e a tendência é que a moeda fique oscilando nessa faixa, mais próximo dos R$ 5,20". Do lado macro, as vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em junho, amenizando receios sobre o ritmo da retomada econômica nos EUA, com os temores gerais elevados por renovadas tensões sino-americanas. O mercado acompanhava ainda declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, de que a volatilidade cambial incomoda e está sendo estudada pela autoridade monetária, mas que há entendimento de que os instrumentos dos quais o BC dispõe não são adequados para atuação "para isso". Tensões entre Estados Unidos e China têm se tornado mais frequentes: entenda as disputas Ainda no radar dos investidores estava a notícia de que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada pela primeira vez em quase quatro meses, sugerindo que a recuperação do mercado de trabalho dos EUA está estagnando em meio ao aumento dos casos de Covid-19 e demanda fraca. "Há um pouco de correção, que foi motivada principalmente pela decepção com dados de auxílio desemprego nos Estados Unidos", disse Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong. A moeda tinha apresentado movimento bastante forte nos últimos dias" e agora devolve parte das perdas, completou. Variação do dólar em 2020 Economia G1