Apesar de acreditar numa recuperação da economia no segundo semestre, o consumidor continua insatisfeito com a situação presente e ainda não enxerga a melhora de suas finanças pessoais no horizonte de seis meses. Consumo Reprodução/PortalIbre FGV O índice que mede a confiança do consumidor (ICC) subiu 7,7 pontos em julho, para 78,8 pontos. Após três meses em alta, o índice agora está 9,0 pontos abaixo de fevereiro, último mês antes da pandemia atingir a economia brasileira. “A confiança dos consumidores manteve em julho a tendência de recuperação, motivada principalmente pela melhora das expectativas em relação à economia. Mas, apesar de acreditar numa recuperação da economia no segundo semestre, o consumidor continua insatisfeito com a situação presente e ainda não enxerga a melhora de suas finanças pessoais no horizonte de seis meses. Sem prazo para terminar, a pandemia parece ter um efeito mais acentuado nos consumidores, que ainda se sentem ameaçados com desemprego e perda de renda, que nas empresas”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV Ibre. Em julho, a satisfação dos consumidores sobre a situação atual ficou estável em relação ao mês anterior, em nível considerado baixo historicamente. Houve melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. Sobre as perspectivas futuras, os consumidores estão menos pessimistas. O indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a alta do indicador de confiança de julho. Enquanto isso, as perspectivas sobre a situação financeira das famílias, apesar de registrar crescimento, ainda se mantêm na região que denota pessimismo. As expectativas menos otimistas em relação à situação financeira familiar parece ser um dos fatores a manter os consumidores cautelosos. O indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis ficou em um dos menores níveis da série histórica. Houve recuperação da confiança para todas as classes de renda familiar pelo segundo mês consecutivo.