Empresa foi afetada principalmente por cortes nos gastos das grandes empresas em viagens e entretenimento após as quarentenas. A American Express reportou nesta sexta-feira (24) queda de 85% no lucro trimestral, reflexo da redução de gastos com cartão de crédito gerada pelas medidas de isolamento social. O resultado, porém, contrariou expectativas do mercado que apontavam prejuízo para o período.
A empresa, uma das maiores emissoras de cartões de crédito corporativos nos Estados Unidos, foi afetada principalmente por cortes nos gastos das grandes empresas em viagens e entretenimento após as quarentenas.
O grupo global de serviços comerciais, que emite cartões corporativos e para pequenos negócios, sofreu um prejuízo de US$ 60 milhões no segundo trimestre, que se compara com um lucro líquido de US$ 561 milhões no ano anterior.
Ao todo, consumidores e empresas cortaram seus gastos com viagens e entretenimento em 87% no trimestre, com os gastos gerais em mais de um terço.
"Os volumes de gastos, que caíram para o ponto mais baixo em abril, melhoraram gradualmente em maio e junho, com as pequenas empresas sendo as mais resilientes", afirmou o presidente-executivo, Stephen Squeri.
A receita total, excluindo as despesas com juros, caiu 29,2%, para US$ 7,67 bilhões, uma queda mais acentuada do que o declínio de 24,8% previsto pelos analistas.
A AmEx disse que suas provisões consolidadas para perdas eram de US$ 1,6 bilhão, acima dos US$ 861 milhões do ano anterior, principalmente por causa de 628 milhões de dólares reservados em antecipação a um aumento da inadimplência como resultado de uma onda de demissões causada pelo isolamento social.
Isso deixou o grupo com um lucro líquido de 0,29 dólar por ação, abaixo dos 2,07 dólares por papel do ano anterior, mas à frente do prejuízo de 0,11 dólar por ação esperado por analistas, de acordo com a média das estimativas recolhidas pela Refinitiv.
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