Na comparação com maio, houve queda de 26,5% no número de trabalhadores que ficaram sem salário. Afastamentos do trabalho por causa do isolamento social teve queda de 24,9% no mesmo período. Isolamento social deixou 11,8 milhões de brasileiros afastados do trabalho em junho, segundo o IBGE Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna Mais de 7,1 milhões de trabalhadores que estavam afastados do trabalho ficaram sem remuneração em junho, número 26,5% , menor que o observado em maio. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, ao todo, cerca de 14,8 milhões de trabalhadores estavam afastados do trabalho em junho, 22,2% a menos que em maio. Deste contingente, 48,5% deixaram de receber os salários. “É importante acompanhar esse grupo, junto com os desocupados, desalentados e a força de trabalho potencial porque é um conjunto de pessoas sem rendimentos de trabalho. Essas variáveis podem orientar as decisões de manutenção de programas de transferência de renda”, apontou o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo. Do total de afastados, 11,8 milhões disseram que o afastamento se deu em função do isolamento social promovido para conter a disseminação do coronavírus. Na comparação com maio, houve queda de 3 milhões (-24,9%) de pessoas nesta condição. O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. Desemprego tem alta de 16,6% A pesquisa mostrou, ainda, que o país encerrou junho com 11,8 milhões de desempregados, 1,7 milhão a mais que o registrado em maio – uma alta de 16,6% no período. Com esse aumentou, a taxa de desocupação passou de 10,7% para 12,4% De acordo com o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, esse aumento do desemprego tem relação direta com a flexibilização do distanciamento social. “Isso implicou no aumento da população na força trabalho, já que o número de pessoas que não buscavam trabalho por causa da pandemia reduziu frente a maio. Elas voltaram a pressionar o mercado”, apontou. Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, entre abril e maio, cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, chegando 12,7 milhões o número de desempregados no país. Os dados de junho serão divulgados pelo IBGE no dia 27 de julho.