♪ Em 1991, quando integrava a banda carioca de punk rock Urge, Pedro Luís versou sobre o fogo metafórico da selva da cidade do Rio de Janeiro (RJ) em música intitulada Incêndio e revitalizada por Ney Matogrosso no roteiro do show Atento aos sinais (2013 / 2018). Quase 30 anos depois, Pedro Luís fala sobre o fogo concreto do asfalto em música composta para o terceiro álbum de Juliana Cortes, a pedido da cantora paranaense. Natural de Curitiba (PR), a artista atiçou o fogo da memória do compositor em música que alude tanto ao incêndio do Museu Nacional de História Natural situado no Rio de Janeiro (RJ) – cidade onde nasceu e reside Pedro Luís – como ao incêndio do paulistano Edifício Wilton Paes, imagem eternizada pelas retinas de Juliana. Capa do álbum 'Cores do fogo', de Juliana Cortes Divulgação O resultado poderá ser conferido na sexta-feira, 24 de julho, dia em que a cantora lança Cores do fogo, segundo single do ainda inédito terceiro álbum de Juliana. A música Cores do fogo foi gravada com power trio de baixo, bateria e guitarra com sonoridade que transita entre as harmonias do jazz e a rítmica latina dos compassos 6/8, mistura temperada com o toque mais experimental da guitarra do músico Lorenzo Flach, uma das marcas do disco. Com produção musical de Ian Ramil, o Álbum 3 – assim intitulado por vir antecedido na discografia da cantora pelos álbuns Invento (2013) e Gris (2016) – tem lançamento previsto para o segundo semestre, se inclina para o pop experimental e, em que pese a participação de Pedro Luís como compositor, orbita em torno da poesia de compositores sulistas de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Antes de Cores do fogo, Juliana Cortes lançou o single Andorinhas, primeira amostra do Álbum 3.