Antes da pandemia do coronavírus, fabricante estava buscando autorização para que aviões do modelo pudessem voltar a voar. Clientes da Boeing cancelaram encomendas de 355 unidades do jato 737 MAX no primeiro semestre, informou a fabricante norte-americana nesta terça-feira (14). A Boeing, que antes da chegada do novo coronavírus estava tentando obter aprovação para que o avião voltasse a voar, afirmou que companhias aéreas e de leasing de aeronaves cancelaram outras 60 encomendas do jato no mês passado.
As entregas do primeiro semestre encolheram 71%, para apenas 70 aviões, diante do colapso da indústria de aviação gerado pelas medidas de quarentena contra a Covid-19. As entregas são importantes para os fabricantes porque marcam quando as empresas são pagas pelo envio das aeronaves aos clientes.
A Boeing afirmou que entregou 10 aviões em junho, ante quatro em maio, e seis em abril. As entregas de junho incluíram um 747, um 777, uma aeronave de reabastecimento KG-46, dois cargueiros 767, duas aeronaves de patrulha marítima P-8 e três 787s.
Após ajustes que consideram aeronaves encomendadas em anos anteriores mas que provavelmente não serão entregues agora, a carteira de pedidos da Boeing perdeu 784 encomendas líquidas este ano, ante perda de 602 até o final de maio.
Autoridades devem começar testes para certificação do 737 Max, da Boeing
Os aviões 737 MAX estiveram envolvidos em dois acidentes, que mataram 346 pessoas na Etiópia e na Indonésia, e não voam desde então. A decisão de manter as aeronaves no chão provocou ações judiciais, investigações do Congresso e do Departamento de Justiça e cortou uma fonte importante de renda da Boeing. Em janeiro deste ano, a Boeing suspendeu a produção do modelo.