Decisão atrasará a implantação do 5G no Reino Unido em até 3 anos e criará custos extras. Huawei e ZTE foram designadas como ameaças à segurança nacional dos EUA Hannibal Hanschke/Reuters O governo britânico anunciou nesta terça-feira (14) a proibição do uso de equipamentos da chinesa Huawei para suas redes 5G. As empresas de telecomunicação devem suspender a compra de novos equipamentos da marca e remover os já existentes até 2027. Com a exclusão, a rede de 5G sofrerá um atraso de até 3 anos e um custo extra de até 2 bilhões de libras (R$ 13,6 bilhões) no Reino Unido. A decisão marca uma volta atrás do governo britânico, que em janeiro havia concedido à empresa a possibilidade de participar na infraestrutura do 5G no país, ainda que de forma limitada. O motivo imediato para banir a Huawei é o impacto de novas sanções dos EUA sobre a tecnologia de chips, que Londres diz afetar a capacidade da empresa de se manter como fornecedora confiável no futuro. O anúncio feito por Oliver Dowden, ministro da Cultura e do Setor Digital, confirmou que a decisão foi tomada pela "incerteza" causada pelas sanções contra a Huawei pelos EUA. Em junho, o primeiro-ministro Boris Johnson havia dito que protegeria a infraestrutura crítica "fornecedores estatais hostis" Apesar da remoção dos equipamentos de 5G, as redes de 2G, 3G e 4G, além da banda larga, não deverão ser afetadas e poderão seguir utilizando itens da Huawei. O mesmo vale para a venda de smartphones e tablets, que seguirão permitidos. Vídeo: Bolsonaro se reuniu com gigante chinesa para discutir 5G Bolsonaro se reuniu com presidente de gigante chinesa para discutir 5G