Segundo Waldery Rodrigues, governo está ciente da necessidade de o crédito chegar na ponta. Waldery Rodrigues, secretário de Fazenda do Ministério da Economia Clauber Cleber Caetano/PR O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (8) que existe uma quantidade relativamente grande de empresas que estão em estado pré-falimentar e o governo está atento a isso para dar respostas rápidas. Segundo ele, o governo trabalha com um número de R$ 295 bilhões que seria o universo das empresas que estão em recuperação judicial ou que poderão estar. Bolsonaro sanciona lei que permite a redução da jornada de trabalho e de salários “A falência significa que empresas estão fechando as portas e não (significa) geração de empregos. Isso não é saudável para a economia e o governo está atento, temos os números”, disse Waldery em debate promovido durante lançamento da multiplataforma de negócios e investimentos chamada TrendsCE. “Isso está sendo tratado e analisado para que nós tenhamos mecanismos rápidos de respostas nessa conjuntura, que é um desafio enorme não só para o Brasil mas para todo mundo”, complementou. Muitos estabelecimentos ainda não reabriram por falta de ajuda financeira Durante o evento, transmitido online, o secretário destacou que o governo está consciente sobre a necessidade de o crédito chegar na ponta. Ele disse que isso não é simples, mas que o governo está trabalhando para isso. Segundo Waldery, várias medidas foram adotadas para injetar crédito na economia, citando como exemplo o Pronampe e a linha de crédito para financiamento da folha de pagamento. Estabelecimentos não reabrem apesar da flexibilização por falta de ajuda financeira “Tem um curva de aprendizagem. Não é fácil, não é simples fazer o recurso chegar na ponta. Estamos agindo de forma célere”, frisou. “O crédito tem que chegar na ponta e chegará porque o governo está totalmente consciente dessa necessidade”, complementou o secretário. Waldery reforçou o discurso de que o impacto das medidas adotadas pelo governo para minimizar o impacto da pandemia de covid-19 deve ficar concentrado neste ano e frisou que já foram gastos R$ 525 bilhões no enfrentamento do coranvírus. Ele destacou a necessidade do equilíbrio fiscal para a retomada da economia e do investimento, principalmente, o privado. Segundo ele, o investimento público no país é baixo (0,6% do PIB) e que é preciso incentivar o investimento privado. Para isso, é essencial o equilíbrio fiscal. Ele defendeu ainda a abertura da economia, o que é benéfica para a geração de emprego.