Nem todo mundo que receber o aviso terá o contrato suspenso; número final dependerá de como a demanda por voos evoluir. A United Airlines informou nesta quarta-feira (8) que está se preparando para enviar avisos de possível suspensão de contratos de trabalho a 36 mil funcionários nos Estados Unidos, ou cerca de 45% dos empregados. Nem todo mundo que receber o aviso terá o contrato suspenso, disse a United. O número final de funcionários dependerá de como a demanda por voos evolui e quantos aceitarão pacotes de demissão voluntária e licenças temporárias. Avião da United Airlines no aeroporo de Los Angeles ROBYN BECK / AFP As suspensões de contrato começam em 1º de outubro, quando expirar uma proibição de demissões imposta pelo governo dos EUA a companhias aéreas que aceitaram bilhões de dólares em auxílio governamental. "Os números projetados pela United Airlines são um soco no estômago, mas também são a avaliação mais honesta que já vimos sobre o estado da indústria", afirmou em comunicado a presidente da Associação de Comissários de Bordo da CWA (AFA), Sara Nelson. A companhia aérea com sede em Chicago continua queimando cerca de US$ 40 milhões de caixa todos os dias, com várias medidas que tomou para reduzir custos e aumentar a liquidez não compensando a queda drástica na demanda por viagens, à medida que os casos Covid-19 continuam aumentando nos Estados Unidos. Os avisos sobre as suspensões variam de acordo com o grupo de trabalho. Os comissários de bordo estão entre os mais atingidos, com cerca de 15 mil dos cerca de 25 mil programados para receber um aviso. "Mas o fato é que esses números projetados de licenças são maiores que o tamanho total da maioria das companhias aéreas principais há uma década", disse Nelson, da AFA, referindo-se ao número de funcionários que as grandes companhias aéreas tinham antes das fusões.