Durante evento, Roberto Campos Neto disse que órgão está disposto a aprovar a função do aplicativo caso siga 'o mesmo trilho dos outros arranjos'. WhatsApp vai permitir fazer pagamentos a amigos e lojas pelo aplicativo. Divulgação/WhatsApp O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (2) que os pagamentos pelo Whatsapp serão aprovados pela autarquia assim que for comprovado que o arranjo proposto pela empresa é competitivo e tem a proteção de dados na forma que o BC considera adequada. Ao participar de um evento, ele afirmou que o entendimento da autoridade monetária é que um arranjo que começa com 120 milhões de usuários — base do Whatsapp no país — não é pequeno e, portanto, precisa passar pelo mesmo crivo que outros arranjos. "Em nenhum momento BC proibiu nada, está disposto a autorizar assim que for seguido o mesmo trilho dos outros arranjos", disse, segundo a agência Reuters. 'Expresso Futuro': veja a revolução do pagamento digital na China Função está bloqueada Em junho, o aplicativo havia escolhido o Brasil para testar uma função de envio e recebimento de dinheiro, usando cartões cadastrados. WhatsApp vai permitir enviar e receber dinheiro pelo aplicativo WhatsApp lança figurinhas animadas e modo escuro para a versão web A função, no entanto, foi suspensa pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O BC determinou na ocasião que as bandeiras de pagamento Visa e Mastercard, que viabilizavam as operações financeiras, paralisassem a função para que o órgão pudesse avaliar riscos e garantir funcionamento adequado do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Já o Cade, que via potenciais riscos para a concorrência com o anúncio, retirou na terça-feira (30) a medida cautelar que impedia a criação do sistema de pagamento lançado pelo Whatsapp. O órgão de defesa da competição afirmou, porém, que vai continuar investigação sobre a parceria. Em nota, o WhatsApp afirmou que está trabalhando junto às autoridades para restaurar o serviço. " O Banco Central expressou sua intenção de encontrar um caminho com a Visa e a Mastercard para que o serviço prossiga, além de envolver outras autoridades para resolver quaisquer dúvidas pendentes", disse Will Cathcart, chefe do WhatsApp.