O governo vai estender por mais 60 dias a isenção das alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito, zeradas desde abril por causa do impacto econômico da pandemia do coronavírus.
A decisão deve ser anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele pode assinar ainda nesta quinta-feira (2) a prorrogação.
Além dessa medida, o governo estuda estender também o diferimento (adiamento do pagamento) de contribuições de Cofins, PIS/PASEP e da contribuição patronal para a Previdência.
Segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta semana e referentes ao mês de maio, o diferimento de impostos foi o maior impacto na queda de arrecadação do governo, que sofreu um tombo de 41,6% na receita líquida do governo naquele mês.
A zeragem do IOF sobre crédito entre abril e junho custou aos cofres públicos em torno de R$ 7 bilhões, segundo a Receita Federal, mas representa um alívio importante para empresas no país em um momento de dificuldade causado pela pandemia.
A medida se junta a outras já anunciadas, como a prorrogação em dois meses do auxílio emergencial de R$ 600. O governo também definiu que irá prorrogar a antecipação de um salário mínimo do auxílio-doença e da concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para quem entrar com pedidos no INSS.
A decisão do governo decorre do prolongamento dos efeitos da pandemia de três para cinco meses.
Economistas analisam medidas tomadas pelo governo durante a pandemia