Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,56%, cotada a R$ 5,3471. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar oscila nesta sexta-feira (3), negociado ao redor de R$ 5,35, voltando a refletir a cautela dos mercados diante da alta nos casos de coronavírus nos Estados Unidos, mas ainda caminhava para fechar a semana em baixa. Às 10h49, a moeda norte-americana caía 0,18%, cotada a R$ 5,3374. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou com avanço de 0,56%, a R$ 5,3471, mas ainda acumulou queda de 2,08% na parcial da semana. No ano, porém, tem alta de 33,35%. O Banco Central ofertará nesta sexta-feira até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021, destaca a Reuters. Real é a segunda moeda que mais perdeu valor neste ano Miriam Leitão: ‘Há muita incerteza sobre dados da economia’ Cenário externo e local No exterior, a cautela prevalecia nos mercados, já que outro aumento recorde nos casos de coronavírus nos Estados Unidos diminuía o otimismo de uma recuperação rápida no setor de serviços da China. A volatilidade era citada por vários analistas e corretoras como fator importante neste pregão, uma vez que os mercados norte-americanos estavam fechados nesta sexta-feira devido ao feriado do Dia da Independência nos EUA, reduzindo a liquidez. A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) desta sexta-feira mostrou que a contração da atividade empresarial da zona do euro provocada pelas paralisações contra o coronavírus perdeu força em junho em meio à reabertura de empresas. Além disso, outros dados mostraram que o setor de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de uma década em junho. Segundo nota do Bradesco, os números de PMIs de junho, "puxados principalmente pelo setor de serviços, reforçam percepção de recuperação global", mas a alta de casos de coronavírus nos Estados Unidos ameaça deixar os sinais de uma recuperação econômica em segundo plano. No Brasil, segundo Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, além das pressões externas devido à crise sanitária nos EUA, pesa "a questão da taxa de juros, que pode ser um pouco mais baixa" de acordo com sinalizações do Banco Central. O cenário de juros em mínimas históricas torna rendimentos locais atrelados à taxa Selic menos atraentes para os investidores estrangeiros. O fluxo cambial ao Brasil também piorou, indicando menor oferta de dólar — portanto, maior pressão sobre a cotação. A projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar. Por que Brasil já pode ter atingido 'fundo do poço' da recessão – e o que isso significa Variação do dólar em 2020 Economia G1