Empresa farmacêutica suíça é acusada de pagar subornos a médicos. Fachada da sede da Novartis em Basel, na Suíça. Multinacional perdeu na Índia "guerra" por patente de medicamento que combate o câncer Arquivo/Arnd Wiegmann/Reuters A Novartis concordou em pagar mais de US$ 642 milhões para encerrar os processos da qual é ré nos Estados Unidos, onde a empresa farmacêutica suíça é acusada de pagar subornos a médicos, informou nesta quarta-feira (2) o Departamento de Justiça americano. O primeiro acordo extrajudicial alcançado entre o grupo e o sistema judiciário refere-se à Novartis assumir três fundações de pacientes que tomavam dois de seus medicamentos, Gilenya e Afinitor. O segundo acordo diz respeito à acusação de pagamento de subornos da empresa suíça a médicos. A Novartis concordou em pagar mais US$ 591 milhões para fechar as ações relacionadas aos subornos. Nesse caso, o grupo é acusado de gastar centenas de milhões de dólares em dezenas de milhares de programas de conferências, que segundo o sistema de justiça americano eram na verdade meios disfarçados de "pagar propinas" aos médicos. Por exemplo, o Departamento de Justiça diz que a Novartis geralmente escolhia médicos como palestrantes que já prescreveram grandes quantidades de seus medicamentos em troca de incentivos financeiros para prescrevê-los. Esses métodos foram relatados em toda a indústria farmacêutica com alguma frequência. Os julgamentos de suborno começaram após uma queixa apresentada em 2011, cujo autor "receberá uma recompensa cuja quantia ainda não foi determinada", segundo o departamento. Como parte da negociação, a Novartis firmou um contrato de cinco anos de boa conduta.