Dua Lipa, Coldplay, Eric Clapton, Sam Smith, Rod Stewart, entre outros astros da música, enviaram carta aberta ao ministro da Cultura com pedido de plano de apoio. Dua Lipa no American Music Awards 2019 Chris Pizzello/Invision/AP De Annie Lennox aos Rolling Stones, passando por Paul McCartney e Depeche Mode, os grandes astros da música britânica fizeram um chamado para salvar a indústria dos shows e dos festivais, ameaçada pela crise do novo coronavírus. Em carta aberta ao ministro britânico da Cultura, Oliver Dowden, 1.500 artistas e personalidades do mundo da música exortam o governo a agir com urgência. Entre os signatários estão Dua Lipa, Skepta, Rita Ora, Coldplay, Eric Clapton, Annie Lennox, Sam Smith, Rod Stewart, Liam Gallagher, Florence + The Machine, George Ezra, Depeche Mode, Iron Maiden, Lewis Capaldi e Little Mix. Muitos deles deviam se apresentar na temporada dos festivais, cancelada pela pandemia que já deixou cerca de 44 mil mortos no Reino Unido, o balanço mais letal de toda a Europa. "A cena britânica tem sido um dos maiores sucessos do país do ponto de vista social, cultural e econômico nestes últimos dez anos", destacam os signatários. Mas sem que se preveja o fim das medidas de distanciamento físico e sem apoio financeiro, "o futuro dos shows e festivais e o futuro de centenas de milhares de pessoas que vivem disso se anuncia sombrio". "Até que estas empresas possam voltar a trabalhar, o que ocorrerá provavelmente o mais tardar em 2021, o apoio do governo será crucial para impedir quebras em massa e o fim desta indústria de primeiro plano no mundo", acrescentam. Os signatários pedem uma agenda para a reabertura das salas de concertos com um plano de apoio e o acesso a um dispositivo de crédito, assim como a isenção total do Imposto sobre o Valor Agregado sobre as vendas de entradas para shows. Segundo um estudo acrescentado à carta aberta, o setor tem 210 mil empregos e suas empresas representaram 4,5 bilhões de libras esterlinas em 2019 (US$ 5,6 bilhões). A cantora Dua Lipa, "orgulhosa" por ter se apresentado tanto em pequenos locais quanto em grandes palcos, passando por festivais, destacou em um comunicado que a possibilidade para outros artistas britânicos "de seguir o mesmo caminho está em perigo" sem a ajuda dos poderes públicos. Já Liam Gallagher, "impaciente" por tocar para seus fãs, afirma que é preciso apoiar a indústria dos shows e as pessoas formidáveis que a fazem, "até que possamos voltar a tocar no palco".